Bolsonaro pede a Moraes que reconsidere decisão e o deixe ir aos EUA

Jair Bolsonaro afirmou ao STF que a devolução do passaporte seria por período determinado e que já tem data de retorno ao Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que reconsidere sua decisão de não autorizar a liberação do passaporte dele para ir à posse de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos.

O que aconteceu:

  • O ministro Alexandre de Moraes não autorizou a devolução do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro, tampouco a viagem dele aos Estados Unidos para a posse de Donald Trump.
  • O ex-presidente havia solicitado a autorização, pois seu passaporte está retido desde fevereiro de 2024, após operação que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022.
  • A defesa de Bolsonaro alegou que ele recebeu um convite para comparecer à cerimônia.
  • Moraes, no entanto, seguiu manifestação da PGR, que se posicionou contrária à autorização de viagem.

Por meio de seus advogados, Bolsonaro ressaltou que é uma liberação temporária, para um evento específico e que já tem data de volta ao Brasil; por isso, não há de se falar em risco de fuga.

“Demonstrada a inexistência de qualquer manifestação ou mesmo indício de que Jair Bolsonaro pretende furtar-se à aplicação da lei penal – o que, diuturnamente, tem afastado inclusive com suas ações e condutas – requer-se, em caráter de urgência, a reconsideração da decisão agravada, a fim de autorizar que o peticionário empreenda viagem ao exterior pelo período informado e com o único fim de comparecer à posse do presidente Donald J. Trump, agendada para o próximo dia 20 de janeiro, para a qual foi formalmente convidado”, ressaltou a defesa no pedido a Moraes.

Os defensores ainda pedem que, caso Moraes não entenda pela liberação da viagem, a causa seja julgada pelo plenário do STF com urgência.

Bolsonaro alega no pedido de reconsideração que a viagem é pontual, não se tratando de renovação do pedido de revogação das medidas cautelares. “Não há, portanto, que se falar em agravamento da situação fática. E o relatório final apresentado pela Polícia Federal não tem o condão de mudar sua situação no processo ou de abalar sua convicção de que poderá demonstrar os muitos erros e ilações infundadas que ali constam”, disse a defesa.

 

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