Com guerra sangrenta em Mato Grosso do Sul, travada no território da cidade de Sonora, onde sete pessoas morreram em 2024, algumas por engano, as facções criminosas CV (Comando Vermelho) e PCC (Primeiro Comando da Capital) entabularam um acordo entre as lideranças nacionais.
Após uma guerra sangrenta em Sonora, Mato Grosso do Sul, entre as facções Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC), que resultou em sete mortes, as lideranças nacionais das facções, Marcola e Marcinho VP, firmaram uma trégua. O acordo visa afrouxar regras do Sistema Penitenciário Federal e compartilhar a rota de tráfico de cocaína que passa por MS. A violência em Sonora incluiu execuções por engano e confrontos com a polícia, deixando a cidade em alerta. As autoridades ainda não responderam sobre estratégias de repressão ao tráfico na região.
Segundo o UOL, Marco Willian Herbas Camacho, o Marcola, e Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, firmaram uma trégua entre as duas maiores facções do Brasil.
Os dois buscam afrouxar as regras do Sistema Penitenciário Federal, o rigoroso modelo onde cumprem pena e compartilhar a chamada rota caipira, que se estende da Bolívia ao Porto de Santos. O escoamento da cocaína passa por Mato Grosso do Sul.
Até ano passado, Marcinho VP estava preso na unidade de Campo Grande. A reportagem entrou em contato com a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) e PF (Polícia Federal), questionando sobre estratégia de repressão e possibilidade de maior volume de tráfico em MS, mas não recebeu resposta até a publicação da matéria.
Cidade assolada – Os primeiros dias de 2024 já indicavam que Sonora, a 392 quilômetros de Campo Grande, iria enfrentar uma onda de violência perpetrada pelo crime.
Legenda da Foto: Comunicado do Comando Vermelho, que entrou em guerra com o PCC na cidade de Sonora. (Foto: Reprodução)