“Estou destruído por dentro”, diz o pai da adolescente lésbica que foi torturada e morta pela ex-namorada e sua atual companheira, ambas de quinze anos

Os pais da jovem de 14 anos que foi torturada e morta por duas adolescentes de 15 anos na praia de Maria Fatinha, em Paulista, na Grande Recife, na manhã da terça (25), foram ao Instituto de Medicina Legal (IML), no Centro da capital, para retirar o corpo de Raíssa Sotero Rezende, nesta quarta (26). “Estou destruído por dentro”, diz o pai, que prefere não se identificar.

As duas garotas, segundo a polícia, agrediram a vítima com socos e pontapés, deram golpes de faca, e tentaram afogá-la no mar. As jovens, que têm 15 anos, ainda registraram as agressões com o celular e publicaram as imagens nas redes sociais.

De acordo com o pai de Raíssa, ela havia tido um relacionamento amoroso com uma das suspeitas. A relação era desaprovada pela família. “Não pelo fato de ser minha filha namorando com uma menina. Se fosse uma outra menina, uma pessoa de bem, não teria problema nenhum, mas pelo fato de caráter da pessoa”, conta.

Segundo o delegado Álvaro Muniz, a dupla apreendida tem registros de tentativa de homicídio e roubo. “Uma delas já afirmou que respondeu a um ato infracional de tentativa de homicídio. Ela estava na Funase [Fundação de Atendimento Socioeducativo] e conseguiu escapar, estava foragida. A outra, que estava mantendo contato íntimo com a vítima, já foi apreendida pela prática do crime de roubo”, diz.

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