Com 27 bilhões a receber em títulos do FCVS, Wilson Lima comete improbidade administrativa ao não ir buscar os recursos

Desde que assumiu, o governador Wilson Lima (PSC) vem falando que o estado está quebrado e com um déficit de R$ 3,5 bilhões.

No entanto, ignora os títulos de (Fundo de Compensação de Variação Salarial (FCVS) que foram recuperados pela Superintendência de Habitação (Suhab) em 2017, ainda na gestão de David Almeida (PSB), e que já estão acessíveis pois a Caixa Econômica Federal (Caixa), já emitiu escritura em dezembro de 2017 reconhecendo os valores.

Isso configura ato de improbidade administrativa, que pode levar à cassação de mandato.

O ato de improbidade se dará se não for feito o lançamento no orçamento do Estado na rubrica “a integralizar” e, após encerrar o processo no qual a gestão de Amazonino Mendes (PDT) entrou na Justiça para anular o contrato entre a Suhab e a Ezo Soluções Interativas, mudar para a rubrica “recebível sem prazo definido”.

Para entender o caso

O contrato para a recuperação desses títulos do FCVS foi feito entre a Suhab e a empresa Ezo Soluções Interativas, que detectou 22 mil títulos de 40 anos atrás e que tiveram seus valores corrigidos resultando em R$ 27 bilhões. Durante a gestão de Amazonino, nada foi feito para resgatar esse montante, muito ao contrário, a empresa inclusive sofreu achaque para dar parte da comissão de 20% estipulada no contrato.
Em seguida, tentaram trocar a empresa por outra e, por fim, deram sumiço no contrato e o estado entrou com uma ação tentando anulá-lo. Como está sub judice, não há como acessar os recursos sem antes desajuizar a ação.

Durante a última campanha eleitoral, Amazonino tentou usar esse processo contra David Almeida, acusando-o de desvio bilionário de 5 bilhões, valor da comissão já paga à Ezo. David disse que era Fake News e que não tinha saído um centavo sequer dos cofres públicos, pois tratava-se de títulos da União a serem creditados ao Estado e não dinheiro dos cofres públicos.
Estes títulos podem ser monetizados colocados no mercado financeiro e podem atingir até 90% do valor de face, o que pode chegar à R$ 23,3 bilhões, o que seria suficiente para resolver todas as questões financeiras do Amazonas sem mexer no que for arrecadado este ano, colocando o Estado em uma condição financeira invejável, dando capacidade ao

governador Wilson Lima a fazer a melhor gestão de todos os tempos.
No entanto, ao não ir atrás desses recursos, ele também encobre as ações de improbidade de Amazonino cometidas nesse caso, jogando assim o lema do “novo”, praticando a “velha política”, que ele tanto condenou em sua campanha.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui