Presidente da Câmara Municipal é acusado de dar pino nos ex-servidores da casa para priorizar obras milionárias

Ex-comissionados dizem que Câmara Municipal de Manaus ignora lei, não paga direitos trabalhistas, mas faz obra milionária antes do Natal”

A Câmara Municipal de Manaus (CMM) está sendo acusada por ex-comissionados de não pagar, de acordo com as determinações da legislação trabalhista em vigor, as verbas indenizatórias de quem trabalhou naquela Casa e espera receber há mais de dois, três anos, bem como de “não medir esforços, apesar de sempre informar que não tem dinheiro para pagar indenizações, para realizar obras milionárias como a construção do Anexo – orçada em R$ 4,5 milhões – e da reforma do plenário, com previsão de gasto de R$ 2,5 milhões”.

Alcançado pelo WhatsApp para apresentar sua versão sobre as denúncias encaminhadas à redação do manausolimpica, o presidente do Legislativo municipal, Joelson Silva (PSDB), garantiu que as acusações são improcedentes, porque vem pagando “gradativamente as indenizações”, apesar de o orçamento deixado ter sido “pouco”.

“Esse orçamento não foi meu, amigão. Improcedente a denúncia. Já pensou se eu fosse pagar as verbas indenizatórias de 13 anos? Resolver tudo isso? Injusto, mas estamos pagando”, argumentou. “Tenho que fazer investimentos na CMM, também”.

Joelson fez questão de destacar, ainda, que no próximo ano vai contar com um orçamento maior “de verbas indenizatórias”.

“Agora vou fazer uma programação. Acho que é mais justo”, disse ele.

Reclamações

De acordo com as denúncias encaminhadas ao manausolimpica, “apesar de ser uma Casa Legislativa produtora de algumas leis, a Câmara Municipal de Manaus está caminhando na contramão, porque tem ignorado sistematicamente a lei trabalhista em vigor, não paga direitos trabalhistas, alegando falta de recursos, mas tem dinheiro para fazer obra milionária antes do Natal”.

Em tempo de crise e de desemprego em alta muitos ex-comissionados destacam que, ao invés de priorizar obras, as últimas gestões da CMM deveriam ter priorizado o cumprimento da lei e pago os direitos trabalhistas desses pais de família.

Entre as obras destacadas pelos ex-comissionados estão a construção do Anexo, na gestão de Wilker Barreto, orçada em R$ 4,5 milhões e agora, na gestão de Joelson Silva, a reforma do plenário, orçada em R$ 2,5 milhões.

“Há três anos que vou lá para ver se consigo receber, mas eles sempre dizem que não tem dinheiro. Agora me explica, como é que eles alegam não ter dinheiro para pagar indenizações de R$ 1.000,00, R$ 1.500,00, R$ 2.000,00 e até R$ 3.000,00 de trabalhadores simples, mas fazem essas duas obras que juntas somam mais de R$ 7 milhões e compram um painel novo que custa mais de R$ 600 mil?”, indaga um dos ex-comissionados, que não quis revelar o nome com receio de sofrer represálias e não receber mais o que lhe é devido há mais de três anos. “Será que vão pagar os valores devidos devidamente corrigidos?”, indaga

Por Warnoldo Maia de Freitas

Fonte: Manaus Olímpica

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