Prestes a completar 20 anos de carreira, ele diz estar feliz em fazer parte desse espetáculo e destaca a importância de eventos como esse, para aproximar o público do canto lírico. Para ele, o Encontro deste ano tem significados especiais.
“Completo neste semestre 20 anos de carreira. Vou dividir o palco com dois grandes amigos: Miquéias William (idealizador e organizador do evento) e Thiago Arancam (tenor paulista, que já se apresentou nos principais teatros do mundo). E ainda terei o privilégio de dividir o palco com um dos maiores nomes que a ópera desse País já teve. Estou falando do tenor Fernando Portari (carioca com mais de 30 anos de carreira e renome internacional), um grande amigo e ídolo que também estava como solista no palco, quando regi uma ópera pela primeira vez na vida”, observa.
Além desses três experientes artistas, o 13º Encontro de Tenores do Brasil contará, ainda, com a participação de três jovens que estão se destacando na cena brasileira e mexicana – o brasiliense Daniel Menezes, o capixaba Samuel Wallace e o artista mexicano Noé Moreno.
O Encontro de Tenores foi por muitas vezes regido pelo maestro Luiz Fernando Malheiro e por Marcelo de Jesus. Eis que chega o momento de Simões. “Neste ano, conversamos que já estava na hora de eu viver essa honra. Foi uma ideia do maestro Malheiro, diretor artístico e regente titular da Amazonas Filarmônica”, destaca.
Os últimos detalhes do repertório estão sendo acertados, segundo ele. “Estou selecionando as peças com muito carinho, junto com o tenor Miquéias William e o maestro Malheiro. Assim, encontraremos um equilíbrio perfeito e variado, entre o mais refinado clássico e as mais célebres e populares canções”, revela Otávio.
Segundo ele, os ensaios vão ocorrer na própria semana do evento. “Mas todo o trabalho de ‘backstage’ (decisão de repertório, cópias de partituras, confecção de arranjos orquestrais) já está acontecendo há alguns meses”.
DIA DA ÓPERA
O Encontro celebra também o Dia Mundial da Ópera, contribuindo para a formação de plateia e a difusão do canto lírico. “Esse espetáculo atinge um público muito diversificado, fazendo uma aproximação entre população e canto lírico. Em um espetáculo desses é quando uma pessoa que nunca foi a um concerto começa a se sentir pertencente a tudo isso, e passa de repente a mudar sua rotina. Começa a frequentar o Teatro Amazonas. Começa a ouvir mais música em casa e no carro. Ópera é para todos!”, conclui.
Sobre o maestro
Otávio Simões
Natural de São Paulo, desde os 15 anos de idade trabalhou com diversos grupos corais na capital paulista. Formou-se em regência pela Universidade de São Paulo (USP), estudando com nomes como Aylton Escobar, Mario Ficarelli, Eduardo Monteiro e Lorenzo Mammì. Trabalhou no Theatro Municipal de São Paulo nas temporadas de 2006 a 2012 e também em diversas montagens do Theatro São Pedro/SP. Regente assistente da Amazonas Filarmônica desde 2013 e regente titular do Coral do Amazonas desde 2018, no repertório operístico, acumula mais de 40 títulos realizados como regente principal, regente assistente, preparador de coro, ou como stage manager. Em teatro musical, trabalhou em uma dezena de produções – entre elas, o premiado musical “A Caixa Mágica do Natal” (Teatro Amazonas, 2019). Desde novembro de 2019 é membro da Academia Amazonense de Música. É autor de 315 arranjos, transcrições, orquestrações e adaptações musicais diversas.