Um ritmo musical que a cada período conquista novos adeptos e que faz os amazonenses dançarem até o amanhecer do dia. O Funk brasileiro teve um aumento no consumo de playlists de 3.421% fora do país nos últimos dois anos, o que mostra um levantamento do Spotify.
No Amazonas, muita gitação, alegria, gente bonita e música ao vivo agitaram a madrugada do último sábado (09), no Copacabana Chopperia, localizado na estrada do Turismo, zona norte de Manaus.
Ao som de muito funk, centenas de amazonenses lotaram o espaço, para o lançamento do maior Baile Funk do Norte do Brasil “Made IN Rio”, que contou com às atrações nacionais MC Kevinho, DJ Yuri Martins e convidados.
Com sucessos já conhecidos pelo público, como “Terremoto” com Anitta, “Rabiola”, “Agora é tudo meu” e entre outras músicas, o cantor de funk paulistano agitou os manauaras durante a madrugada no Copacabana Chopperia.
Para o funkeiro amazonense, MC Picolé o crescimento do funk na região norte é um assunto notório no mercado musical. De acordo com ele, todas às casas noturnas e eventos particulares consomem o ritmo.
“Não somente eu, mas todos os colegas que tocam funk no Amazonas, estamos contribuindo para este crescimento. O ‘Made In Rio’ já é sucesso e trazendo atrações nacionais torna o evento bem mais especial e popular no Amazonas”, acredita.
O FUNK NO BRASIL
O DJ Marlboro, um nome reconhecido na cena dos bailes, ganhou uma bateria eletrônica de presente do antropólogo Hermano Vianna, um estudioso do funk.
Vianna havia conseguido o instrumento com seu irmão, Herbert, vocalista do Paralamas do Sucesso.
Marlboro começou a experimentar com a bateria. Em alguns anos estaria em estúdio gravando alguns dos primeiros funks brasileiros. Entre eles está o sucesso “Melô da mulher feia”, de 1989, baseado em uma versão do 2 Live Crew (expoente do Miami Bass de letras bem obscenas) para um rock da década de 1960.
Outro pioneiro é Grandmaster Raphael, com músicas como o “Melô da Funabem”.
Os Estados Unidos lideram a lista dos países que mais ouvem funk fora do Brasil. Portugal e Argentina aparecem em seguida.
Um mapa de calor elaborado pela plataforma mostra o crescimento do gênero no exterior ao longo do tempo.
Fotografia e texto: Islânia Lima