O presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência, deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) afirmou à Reuters, nesta segunda-feira, dia 10, que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, deveria se afastar voluntariamente do cargo até que se esclareça a suposta colaboração entre o então juiz e procuradores da Lava Jato, noticiada em reportagens do site Intercept Brasil.
Para Ramos, que é advogado e professor de Direito Constitucional, o afastamento de Moro não só seria a melhor atitude para não tumultuar ainda mais a discussão da reforma da Previdência, mas também garantiria “liberdade de investigação” à Polícia Federal, uma vez que o ministro controla a PF.
“Diferente dele (Moro), não adéquo minha interpretação da lei conforme o acusado. Não vejo nenhuma imposição constitucional que justifique o afastamento. Mas penso que, como refém do próprio discurso, ele deveria pedir afastamento voluntário”, disse o deputado.
Durante visita a Parintins (02/05/2019) o Deputado declarou seu voto a Haddad e disse que Lula está preso injustamente
Durante audiência pública, em Parintins (a 325 quilômetros de Manaus), Ramos disse que é injusta a condenação do ex-presidente Lula, preso em regime fechado na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR). Ramos disse ainda que votou em Ciro Gomes (PDT), no primeiro turno e em Fernando Haddad (PT), no segundo, por que reconhe que o presidente Jair Bolsonaro (PSL), tem um perfil autoritário.
De tabela, deputado ainda critica o ex-juiz da Lava-Jato e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, quando discorda da condenação de Lula. O ex-presidente Lula foi preso no dia 07 de abril, em 2a. instância, no caso do tríplex do Guarujá, a pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias de prisão.
“Eu também acho uma injustiça à prisão do Lula. Eu votei em Ciro Gomes no primeiro turno e no Haddad no segundo, por reconhecer que Bolsonaro tem um perfil autoritário”, declarou Marcelo Ramos, em resposta a críticas de um militante do PT, durante debate sobre a reforma da Previdência, no auditório dom Arcangelo Cerqua, em Parintins, na quinta-feira (02/05/2019).