Hacker é condenado a 17 anos de prisão por afirmar que Bolsonaro ordenou grampo de Moraes

A 3ª Vara Criminal de Brasília do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) condenou Walter Delgatti Neto, conhecido como hacker da Vaza-Jato, a 10 meses e 20 dias de detenção pelo crime de injúria contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A condenação também inclui o pagamento de 17 dias-multa.
A condenação decorre de declarações feitas por Delgatti durante depoimento à CPMI dos atos de 8 de janeiro, no Congresso Nacional. O hacker alegou que Bolsonaro teria ordenado um grampo ilegal contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, o juiz Omar Dantas Lima ressaltou que Delgatti não apresentou provas que sustentassem a acusação.

Na sentença, o juiz destacou que o crime imputado a Bolsonaro ocorreu enquanto ele ainda estava no cargo de presidente, o que exclui a aplicação do instituto da calúnia. “O animus caluniandi está caracterizado na conduta do querelado de imputar ao querelante a prática de fato definido como crime, sabendo ser falsa a imputação”, afirmou Lima.

Em seu interrogatório, Delgatti alegou que suas declarações não foram falsas e que, em uma conversa com Bolsonaro, o ex-presidente teria questionado sobre uma suposta conversa comprometedora com o ministro. Bolsonaro negou qualquer ligação com Delgatti, afirmando ter se encontrado com ele apenas uma vez no Palácio da Alvorada e refutando qualquer conversa sobre grampos ilegais.

Atualmente, Delgatti cumpre pena em regime semiaberto em um presídio de Araraquara, São Paulo, por uma condenação anterior.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui