Depois de ameaçar a modelo Tamires Assis com uma arma durante uma videochamada, o campeão do Big Brother Brasil 24, Davi Brito, virou réu por violência psicológica no dia 8 de abril. A decisão foi concedida pela Justiça do Amazonas, pela juíza Ana Lorena Teixeira Gazzineo.
Davi teria exibido uma arma de fogo em uma videochamada com a modelo amazonense em julho de 2024, questionando onde Tamires estava, depois de os dois terem vivido um relacionamento amoroso quando se conheceram no Festival Folclórico de Parintins. Após o episódio, a modelo já havia conseguido uma medida protetiva contra o ex-BBB.
Segundo Tamires, Davi chegou a ligar para ela depois do ocorrido, “falando que eu era uma burra, que não sabia usar a internet, que eu tinha que me calar. Que a internet funciona assim, é assim que se faz. Que quando acontecem as coisas a gente tem que se calar”.
O campeão da edição passada do reality show também teria incitado os seus fãs a atacar a modelo nas redes sociais, segundo a Polícia Civil do Amazonas. Um mês depois, a polícia chegou a pedir a prisão de Davi por violência doméstica, mas mesmo após oito meses do ocorrido, a Justiça ainda não acatou o pedido de prisão.
O advogado de Tamires disse, à época, que a modelo estava vivendo com medo, isolada e muito abalada com a repercussão do caso. A defesa registrou uma queixa na Corregedoria do Tribunal de Justiça do Amazonas em outubro, alegando demora na resposta do pedido de prisão do ex-BBB.
Danielle Uchôa é a atual de advogada da modelo e aponta que a demora é “uma forma de manter impune a situação. Não pune e também não absolve. É um meio de deixar de cumprir a lei. Já é muito doloroso para uma mulher passar por uma violência. É mais doloroso ainda quando ela vê que ninguém se importa”.
Trauma
Para Tamires, a situação virou um trauma que afetou sua saúde mental e dificulta sua rotina.
— Isso destruiu toda a minha mente. Eu acordo preocupada e querendo voltar à minha vida. Eu quero voltar a ser a Tamires de verdade. Eu sou uma pessoa boa — disse em entrevista à Rede Amazônica à época.
O Tribunal de Justiça do Amazonas informou que concedeu todas as medidas protetivas solicitadas por Tamires e que a denúncia foi aceita no início de abril.0