Filha matou a mãe envenenada por ela não aceitar namoro com homem mais velho, diz polícia

Homem e adolescente foram levados para delegacia de homicídios no Rio de Janeiro | Fernando Frazão/Agência Brasil

A adolescente suspeita de ter envenenado e matado a própria mãe no município de Arapiraca, no ano de 2022, teria cometido o crime pelo fato de a mulher não aceitar o relacionamento entre a jovem e o namorado, o homem de 50 anos de idade que também foi capturado na cidade do Rio de Janeiro, nessa quarta-feira, 03. A informação é da Polícia Civil de Alagoas.

De acordo com a investigação, a vítima identificada como Valdiclea da Silva Ferreira ingeriu veneno possivelmente no jantar preparado pela filha, vindo a passar mal no decorrer da noite do dia 28 de julho de 2022, sendo ainda socorrida até o hospital. Ele morreu no dia 1º de agosto do mesmo ano, no Hospital Metropolitano em Maceió.

A substância utilizada no crime foi detectada após exames periciais realizados pela Polícia Científica. Tratava-se de terbufós, um inseticida-nematicida sistêmico empregado em culturas agrícolas para controle de pragas e considerado produto altamente tóxico, segundo o Ministério da Saúde.

A adolescente apreendida foi morar com o namorado no Rio de Janeiro depois do homicídio. Ela foi localizada numa residência na Comunidade da Maré, enquanto o companheiro, também suspeito, foi preso enquanto deixava um banco no bairro de Bonsucesso.

Os dois agora vão ficar à disposição do Poder Judiciário de Alagoas. Não há informações se o homem e a adolescente já chegaram no estado para serem ouvidos pelas autoridades locais.

Prisão e apreensão – O homem suspeito de participar do crime foi preso nessa quarta-feira, 03, no bairro de Bonsucesso, no Rio de Janeiro, quando saia de uma agência bancária. Já a filha de Valdiclea foi apreendida no mesmo dia, numa residência localizada na Comunidade da Maré.

Eles estavam foragidos desde 2022 após serem apontados como autores do homicídio que vitimou Valdiclea, no Povoado Lagoa Cavada, no município de Arapiraca. A ação da Delegacia de Homicídios de Arapiraca, coordenada pelo Delegado Everton Gonçalves, contou com a ajuda da DHPP da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Everton Gonçalves reforçou a importância do papel desempenhado pela Polícia Científica na elucidação do caso, e esclareceu que os suspeitos estavam foragidos desde o tempo do crime, sendo localizados na cidade do Rio de Janeiro após levantamentos da Divisão de Inteligência da Especializada.

O mandado de busca da menor foi expedido pelo Juízo da 1ª Vara da Infância, enquanto o mandado de prisão foi emitido pelo Juiz da 5ª Vara Criminal, ambos de Arapiraca.

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