Ainda sem conseguir localizar o paradeiro do médium João de Deus, investigadores identificaram movimentações recentes nas contas bancárias em nome dele.
Segundo estes investigadores, na quarta-feira passada, dia 12, quando as primeiras denúncias de abuso sexual já eram conhecidas, foram retirados cerca de R$ 35 milhões de contas bancárias em nome de João de Deus.
Desaparecido
O delegado geral da Polícia Civil do estado, André Fernandes, afirmou que a rendição do médium está confirmada. Acusado por centenas de mulheres de abusar sexualmente delas durante sessões espirituais na cidade de Abadiânia, o líder teve a prisão decretada nesta sexta-feira, mas não foi localizado até o momento pelas autoridades. A Polícia Civil e o MP do estado têm interpretações diferentes sobre o status do acusado, que nega os crimes atribuídos a ele.
O paradeiro do líder religioso é incerto. Sua última aparição em público foi na quarta-feira, na casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia. Ele permaneceu no local por apenas oito minutos. Um advogado amigo de João de Deus disse que a defesa do médium teme pela integridade física dele na prisão.
Em nota, na sexta-feira, o advogado Toron havia classificado a ordem de prisão como “inaceitável”, já que a defesa não teria tido acesso, na ocasião, ao pedido de prisão do Ministério Público Estadual de Goiás nem ao teor do depoimento das vítimas.
Nesta manhã, enquanto o marido era alvo de buscas, a mulher de João de Deus, Ana Keyla Teixeira Lourenço, compareceu à festa de natal da Casa da Sopa, entidade mantida pelo centro religioso do marido, em Abadiânia. Ela discursou a moradores da comunidade sem fazer referência ao médium e deixou o local às pressas em seguida.
— Que os nossos lares continuem cheios de amor, de respeito, de carinho. Eu queria agradecer neste momento a todas as pessoas que aqui estão presentes. Muito obrigada — destacou Ana Keyla, ao microfone, cercada de seguidores do médium e da segurança pessoal da sua família.
Reportagem completa no link abaixo;
Imagem: o globo