A Polícia Federal prendeu hoje de manhã um militar suspeito de operar remotamente drones que lançam granadas em ações do Comando Vermelho, principal facção criminosa do Rio de Janeiro. Segundo a investigação, o equipamento era usado em ações contra as forças de segurança, facções rivais e contra a milícia.
‘Militar do CV’ foi preso em seu posto de trabalho. Ele é apontado pela Polícia Federal como um dos líderes do grupo responsável pelo uso criminoso dos drones lança-granadas. O militar, que atuava na Marinha, tinha mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio). A identidade dele não foi revelada.
PF foi recebida a tiros atribuídos ao crime organizado em um dos redutos do Comando Vermelho. Em cumprimento de outro mandado de prisão, os agentes recuaram para evitar um confronto de maiores proporções. Quatro moradores se feriram sem gravidade ao serem atingidos por estilhaços, segundo a PF. Também foram cumpridos outros três mandados de busca e apreensão.
Suspeitos podem pegar pena de até 14 anos de prisão. Os alvos dos mandados de prisão preventiva foram denunciados pelo Ministério Publico pelos crimes de organização criminosa e posse de material explosivo.
Investigação iniciou após uso de granadas em área dominada pela milícia em fevereiro deste ano. O uso de drones equipados com artefatos explosivos ocorreu na Gardênia Azul, comunidade sob o domínio de um grupo paramilitar sob ataque do CV na zona oeste do Rio. Conforme as investigações, drones também foram usados para monitorar ações policiais no Complexo da Penha.
UOL