Polícia caça Assombrado, chefão do PCC que mandou matar PMs da Rota, o foco e fazer o chefão visitar a vovó

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O número 1 do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Baixada Santista é caçado pelas polícias desde que sua prisão foi decretada pela Justiça, há pouco mais de 7 meses, por causa da tentativa de assassinato de dois policiais militares em Santos, litoral de São Paulo.

Rogério do Nascimento Nunes, de 37 anos, o Assombrado, consta como “ajudante geral” no mandado de prisão expedido contra ele pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), em 23 de agosto do ano passado. Porém, segundo investigações da Polícia Civil, ele é o criminoso que mexe as peças do tabuleiro do crime na região.

Denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), pautada em levantamentos do Setor de Inteligência da Delegacia Seccional de Santos, mostra que Assombrado determina quem vive e quem morre na baixada.

“Cabe a Rogério [Assombrado] determinar a outros criminosos a prática de atentados contra agentes de segurança pública e a realização de sessões do ‘Tribunal do Crime’, como são chamadas as sessões de ‘julgamento’ de quem descumpre as determinações da facção criminosa”, diz trecho de documento da Justiça.

Ele também coordena o tráfico de drogas em uma das regiões mais estratégicas para o PCC, por causa do Porto de Santos, um dos principais escoadouros da cocaína vendida pela maior facção criminosa do Brasil para países europeus. O negócio, rende bilhões.

O chefão também é dono de “biqueiras”, pontos de venda de drogas, das quais uma se chama “Iraque” – como consta em um caderno de contabilidade do tráfico apreendido. A boca de fumo fica no Morro de São Bento, um de seus territórios, que há meses sofre com incursões policiais, decorrentes das ações da facção na região, entre as quais resultaram na morte de policiais, incluindo dois das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota).

A resposta também veio com sangue. Até a publicação desta reportagem, ao menos 56 pessoas haviam sido mortas por PMs em supostos confrontos na região. A violência sem precedentes, perpetuada por agentes públicos, é alvo da Ouvidoria das polícias. O órgão já publicou dois relatórios apontando uma série de irregularidades nas ações policiais na Baixada Santista. Entre as denúncias, estão acusações de tortura e execução sumária.

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