As autoridades policiais suspeitam que Deise Moura dos Anjos, de 39 anos, investigada por envenenar um bolo com arsênio em Torres (RS), tenha cometido assassinatos em série.
Após a morte de três familiares causada pela ingestão da sobremesa contaminada, também foi constatada a presença da substância tóxica no corpo do sogro dela, morto em setembro do ano passado, segundo informações da perícia. De acordo com os investigadores, Deise tentou ocultar provas após a morte do sogro e quis cremar o corpo dele, com esse objetivo. A informação foi confirmada em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira.
— Ela (Deise) pesquisou, comprou, recebeu e usou o veneno para matar pessoas — disse a delegada Sabrina Deffente. — A gente não tem dúvida de que se trata homicídios e tentativas de homicídios em série. Durante muito tempo, ela não foi descoberta e tentou apagar provas que pudessem levar à atribuição de culpa a ela — acrescentou.
Ainda segundo Deffente, ela pesquisou por venenos até descobrir a existência da água-tofana, variedade usada por mulheres para matar os maridos no século XVII. A investigada buscou pelos componentes deste veneno e chegou ao arsênio, substância usada nos crimes que é suspeita de ter cometido.
O delegado titular da Polícia Civil de Torres, Marcos Vinicius Veloso, afirmou que Deise se referia à sogra como “naja” em depoimentos prestados às autoridades policiais. Ele também descreveu o comportamento de Deise como:
— Uma postura fria, com uma reposta sempre na ponta da língua, tranquila — afirmou.
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