A Operação Siderado, deflagrada pela Polícia Federal em dezembro do ano passado, desarticulou rede de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e violência extrema que movimentou mais de R$ 2 bilhões em dois anos. Entre os investigados, chama a atenção a figura de Rodolfo Borges Barbosa de Souza (foto em destaque), também conhecido como Zeca, um nome de peso no cenário do crime organizado, com fortes laços com o Comando Vermelho.
Rodolfo Souza era o elo entre traficantes do Distrito Federal, especialmente um dos maiores líderes do tráfico na capital federal, Ailton José da Silva, o Calcinha. Por meio de suas ligações com Calcinha, Rodolfo estabeleceu fluxo de drogas e dinheiro que conecta a capital federal ao crime organizado nacional e internacional. Ele não só atuava como fornecedor de armas e drogas, mas também como cliente de Ailton.
Conforme a coluna revelou, um apartamento em Águas Claras se tornou um ponto de encontro e armazenamento de drogas para o grupo criminoso de Brasília. Esse imóvel, ao qual Rodolfo frequenta, servia de base operacional para o tráfico de skunk (uma maconha de alta potência), abastecendo vários estados do Brasil e também países da Europa.
Rei das armas
Rodolfo, além de ser um dos maiores fornecedores de armas para facções, tem um longo histórico de crimes, que vai desde tráfico de drogas até lavagem de dinheiro e associação criminosa. Sua atuação não se limita a uma área; ele tem forte presença na Bahia, em Salvador, e em várias estados do Nordeste, incluindo Sergipe e Bahia, onde exerce
Com um perfil de vida ostentador, Rodolfo, também é conhecido por seu nome falso “Silas Soares Rodrigues”. Seus bens de luxo, como carros e imóveis de alto padrão, são apenas a ponta do iceberg de uma trajetória que se inicia nas ruas e chega aos corredores da elite criminosa.
Em sua residência de luxo, no Alto do Itaigara, em Salvador, Rodolfo mantinha um estilo de vida que contrastava com suas atividades ilícitas. Durante uma de suas prisões, foram encontrados R$ 58 mil em espécie, armas e drogas armazenadas para distribuição. Na ocasião, ele ainda tentou subornar os agentes com R$ 100 mil.