Em 2023, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) impôs sigilo de 100 anos a 1.339 pedidos de informações, sob a justificativa de que os documentos de acesso público solicitados contêm dados pessoais.
Comparado a 2022, último ano do mandato de Jair Bolsonaro (PL), o governo atual negou sete pedidos a mais do que o antecessor, que rejeitou 1.332 documentos, alegando ter informações pessoais.
A análise de dados é do repórter Tácio Lorran, do jornal Estadão, em parceria com o Datafixers.org. As informações da série histórica foram disponibilizadas pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Áreas com sigilo de 100 anos impostos pelo governo Lula
- Casa Civil
- Exército do Brasil
- Polícia Rodoviária Federal (PRF)
- Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty
- Ministério da Educação (MEC)
- Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai)
Algumas informações sob sigilo de 100 anos:
- agenda da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja
- textos entre diplomatas sobre o ex-jogador de futebol Robson de Souza, o Robinho, de 40 anos, condenado por estupro coletivo
- relação de militares do Batalhão de Guarda Presidencial de plantão durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023