AMAZONAS – Nesta segunda-feira (4/1 2) otermo que formaliza a conquista foi assinado nesta manhã pelo governador Amazonino Mendes e o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, colocando a pecuária amazonense no mercado nacional de comercialização de animais, produtos e subprodutos.
A solenidade ocorreu no Centro de Convenções Vasco Vasques, na zona centro-sul de Manaus, e reuniu pecuaristas do estado, prefeitos e parlamentares.
De acordo com Amazonino, a obtenção do selo de área livre de febre aftosa é um marco histórico para o setor primário, pois a certificação veio após seis décadas de espera.
“É uma importância transcendental, haja vista que isso é uma espera de 60 anos. Isso valoriza demais a nossa pecuária, nos dá mais estímulo, mais condições. Isso na prática credencia que o Amazonas pode vender o boi, a carne, para outros estados da federação”, ressaltou o governador.
A certificação, segundo Amazonino, atrairá novos investidores, ampliando a pecuária no Estado e o mercado consumidor, com a expectativa de que a arroba do gado tenha valorização de aproximadamente 20%. “O setor agropecuário alcançou uma enorme vitória. É algo excepcional, fantástico. Muita gente se inibia de crescer no setor por conta dessas limitações. Agora não”, afirmou.
O titular do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, informou que, em 2019, o Amazonas estará livre da febre aftosa sem vacinação. “O próximo passo, em 2019, a região do Amazonas, Amapá, Roraima, Acre e parte de Rondônia já começam a receber o trabalho de livre de febre aftosa sem vacinação. Vamos suspender a vacinação. Isso amplia a possibilidade de um estado como o Amazonas ir ao mercado internacional a vender carnes bovinas, suínas”, declarou.
David Almeida o responsável pelo sucesso
A certificação foi comemorada pelo presidente da Assembleia Legislativa (Aleam), deputado David Almeida (PSD), já que, durante seu governo interino de cinco meses, ele determinou o cumprimento da meta exigida pelo Mapa, de vacinar todo o rebanho bovino até 31 de agosto e ampliou o contingente de técnicos da Adaf, para que a meta fosse atendida.
À frente da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), o ex-prefeito de Humaitá, Dedei Lobo, acompanhou todo o processo e afirmou que no período do governo interino de David Almeida cerca de 1,2 milhão de cabeças de gado do estado foram vacinados. “Os estados brasileiros que ainda não estavam livres da febre aftosa eram o Amazonas, Roraima e Amapá”, apontou.
A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf), ligada ao sistema Sepror, priorizou a vacinação do gado contra a febre aftosa e Dedei Lobo explicou que a certificação só se tornou possível porque David Almeida deu a ordem para o aumento do efetivo técnico na Adaf, entre outras mudanças. “O controle de trânsito animal, as barreiras de vigilância, o aumento do efetivo de recursos humanos, com a programação de concurso público para contratação de engenheiros agrônomos, veterinários e técnicos agrícolas e a melhoria da estrutura física dos escritórios da Adaf no interior, além da compra de veículos novos e materiais para a efetiva vacinação do gado, contribuíram definitivamente para que conquistássemos essa certificação”, explicou.