Além de ser um hábito de higiene para qualquer pessoa, os cuidados com os dentes e a gengiva nunca foram tão importantes como agora. É que um estudo recente feito em uma universidade de São Paulo, apontou que a má conservação dos dentes pode provocar o agravamento em uma contaminação por Covid-19.
Segundo o estudo foi detectado pela primeira vez, a presença do SARS-CoV-2 na gengiva de pacientes com COVID-19 que faleceram em decorrência da infecção. Diante disso, pesquisadores destacam que o simples fato de manter atenção constante na higienização já ajuda a prevenir possíveis agravamentos.
A detecção do SARS-CoV-2 na gengiva também corrobora a hipótese de que a inflamação do tecido gengival (periodontite) aumenta o risco de apresentar quadros graves de COVID-19, avaliam os pesquisadores.
Isso porque pessoas com periodontite têm maior secreção do fluido gengival que compõem a saliva. Além disso, comorbidades como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e síndrome metabólica, fatores que podem contribuir para um pior prognóstico de COVID-19, estão altamente associadas à doença periodontal.
De acordo com o cirurgião-dentista do sistema Hapvida em Manaus, Paulo Vítor Mourão, os cuidados precisam ser redobrados com aqueles que já foram infectados pelo vírus. “A boca e a principal porta de entrada da covid-19 e de várias outras doenças respiratórias. Uma cavidade bucal higienizada e limpa reduz bastante a quantidade de micro-organismos presentes na cavidade oral, além de servir como uma barreira protetora entre o meio exterior com o interior. Os principais cuidados em relação aos pacientes que tiveram covid e de sempre manter uma higienização adequada, escovando sempre após as refeições, uso do fio dental e de enxaguante bucal. Alguns pacientes tiveram a perda do paladar, nesses casos recomenda-se a diminuição de alimentos ácidos, diminuição de alimentos mais apimentados e acompanhamento odontológico, e em alguns casos a aplicação de laserterapia para estimular o retorno do paladar”, destaca.
O cirurgião-dentista ainda destaca casos mais complexos como de pacientes que possuem sangramento nas gengivas. “Na verdade, ainda existem algumas lacunas em relação a ação completa do vírus, e em muitos casos as manifestações variam de paciente para paciente. Já aconteceram alguns relatos de sangramentos gengivais, mas isso acontece devido a uma higienização precária em decorrência da imunidade alterada pelo vírus. Como o tecido gengival é muito sensível, com a imunidade baixa associada a uma higienização deficiente acaba gerando alteração da vasodilatadora local levando ao sangramento, mas que é controlado pela melhora da higienização e da covid-19, por isso ressalta-se a importância dos cuidados com a cavidade oral”, finaliza.
Sobre o Sistema Hapvida
Com mais de 7,1 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como um dos maiores sistemas de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco, RN Saúde, Medical, Grupo São José Saúde, Grupo Promed além da operadora Hapvida e da healthtech Maida. Atua com mais de 37 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 47 hospitais, 201 clínicas médicas, 45 prontos atendimentos, 173 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.