DENÚNCIA: Ex-gerente denuncia esquema de propina na SES-AM e alega envolvimento de político e secretária da pasta. VÍDEO

Primos Alessandra Campêlo e Marcellus Campêlo Foto: CM7 Brasil

Um vídeo, que tem circulado nas redes sociais, traz uma série de denúncias feitas por Michel Lemos, que se apresenta como ex-gerente de hospitais e fundações da Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM). Ele afirma ter deixado o cargo para expor um suposto esquema de propina e corrupção dentro da Secretaria, que, segundo ele, é comandado pela secretária Nayara Maxoud e por uma secretária do Fundo Estadual de Saúde chamada Nívia.

As acusações feitas por Lemos incluem:

  • Propina e Corrupção: Lemos alega que empresários são obrigados a pagar entre 30% a 50% de propina para receberem os pagamentos devidos pela Secretaria. Ele menciona que, de acordo com suas informações, essa prática também ocorreria dentro da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).

  • Interferência Política: Ele denuncia a existência de uma “quadrilha” operando na Sefaz e defende que a Secretaria de Saúde precisa ser “parada” e investigada pela Polícia Federal. Ele também relata a suposta intervenção de outras secretarias e de membros da Procuradoria Geral do Estado (PGE), mencionando os nomes de Luan e Jordano, que estariam, em sua visão, dentro da Secretaria de Saúde para “amarrar os órgãos de controle”.

  • Ameaça a funcionários: Michel Lemos acusa Nayara Maxoud de ter afirmado, em uma reunião, que não precisa de enfermeiros, técnicos de enfermagem e retes e que eles seriam exonerados. Ele interpreta essa fala como uma suposta ameaça para que esses profissionais sigam com suas exonerações.

  • Críticas a Organizações Sociais (OS): Ele declara que, em sua opinião, as organizações sociais são “máquinas de corrupção na saúde”.

  • Ameaças Pessoais: No final do vídeo, Michel Lemos diz que responsabiliza o governador do estado e Marcellus Campello caso algo aconteça com ele. Ele se coloca à disposição para enfrentar as acusações e afirma possuir provas materiais e vídeos para sustentar o que diz.

 

Depoimento na CPI e ligação familiar

Em um fato diferente, mas relacionado à SES-AM, em 2021, o ex-Secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, foi ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, no Senado Federal. A CPI investigava ações e omissões do governo federal no combate à Covid-19 e possíveis desvios de verbas federais.

Durante o depoimento, o Senador Marcos Rogério (Democratas) questionou Marcellus sobre sua nomeação como Secretário. O senador apresentou dados de investigações da Polícia Federal e levantou a hipótese de que Marcellus foi nomeado por influência de sua prima, a deputada Alessandra Campêlo, que na época sera do MDB. Marcos Rogério lembrou ainda que Alessandra foi relatora do Processo de Impeachment do Governador Wilson Lima na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), mas, posteriormente, votou a favor do arquivamento do processo, e após isso Marcellus assumiu a secretaria de saúde.

Marcellus Campêlo, por sua vez, negou qualquer intervenção de Alessandra em sua nomeação, afirmando que assumiu o cargo por mérito. Ele citou que já possuía cargo no governo do estado, atuando como Secretário de Infraestrutura antes de ser realocado para a saúde. Marcellus pediu exoneração do cargo no dia 7 de junho de 2021.

A polêmica continua com mais denuncias, estamos atualizando.

07:52 PR

 

2 COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui