A Polícia Federal e a Receita Federal Brasil deflagraram, nesta quinta-feira (21/7), a operação Zurich. O objetivo é apurar a importação, distribuição e comercialização de matérias-primas e insumos farmacêuticos sem autorização do órgão de vigilância sanitária competente.
A investigação teve início em janeiro de 2021, quando a Polícia Federal foi informada pelas autoridades suíças sobre a ocorrência de uma apreensão realizada no aeroporto de Zurique, naquele país, da substância denominada GSK516/GW501516 (Cardarine), proibida na Suíça, que estava sendo importada para o Brasil. Trata-se de produto, geralmente, utilizado para aumento de performance em atividades físicas.
De acordo com resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a referida substância tem proibição de comercialização, distribuição, fabricação, importação, manipulação, propaganda e uso em todo o território nacional. Ademais, é vetada para consumo humano em grande parte dos países, sendo, inclusive, categorizada como “doping” pela Agência Mundial Anti-Doping desde 2008 (“World Anti-Doping Agency – WADA”).
Com o avanço das investigações, foi constatada a ocorrência de importações habituais da GSK516 (Cardarine) para o Brasil, as quais estariam sendo operadas por três empresas situadas na cidade de São Paulo/SP. Ao todo, durante o período investigado, foi constatado que o grupo empresarial auferiu mais de R$12 milhões em vendas desse produto para mais de 870 estabelecimentos espalhados pelo país, em sua maioria, farmácias de manipulação.
