O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou nesta segunda-feira (23) que 12 pessoas foram presas por “ações terroristas” após atearem fogo em pelo menos 36 ônibus. Um trem da SuperVia também foi incendiado.
“Prendemos 12 criminosos ateando fogo em ônibus. E esses criminosos já estão presos por ações terroristas. E como ações terroristas, estarão sendo encaminhados imediatamente para presídios federais, porque lá é local de terrorista”, afirmou Castro.
Segundo a Polícia Civil, os ataques foram praticados por um grupo de milicianos em represália à morte de Matheus da Silva Resende, de 24 anos, vice-líder da quadrilha. Ele morreu horas antes durante um confronto com policiais civis numa favela de Santa Cruz, bairro da zona oeste.
Conhecido como Teteu ou Faustão, Resende era sobrinho de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, que desde 2021 é o líder do principal grupo miliciano que atua no Rio. Faustão, era o segundo na hierarquia do grupo, segundo a polícia.
De acordo com o Rio Ônibus –que é o sindicato das empresas do transporte coletivo na capital fluminense– esse foi o maior número de ônibus queimados na cidade em um único dia.
“Nossas forças de segurança estão unidas e ativas, e a nossa população pode dar um voto de confiança. Porque essa luta é para libertar nossa população dessas facções, dessas verdadeiras milícias”, declarou o governador.
Os ataques ocorrem em um momento em que a Força Nacional de Segurança Pública, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal foram deslocadas ao Rio de Janeiro para auxiliar as forças locais em meio a um aumento da criminalidade.
Segundo fontes do governo do Estado, a possibilidade de uso das Forças Armadas no enfrentando ao crime no Rio também vem sendo discutida com o governo federal.