As sessões aconteceram na Escola Estadual de Tempo Integral Maria de Lourdes Rodrigues Arruda, no bairro Alvorada 2, e na Escola Estadual Prof. Francisco das Chagas Souza de Albuquerque, no Centro da cidade. Após as exibições, os jovens dialogaram com os artistas sobre ancestralidade, arte urbana, trajetória pessoal e os desafios da profissão circense.
Para a diretora Teffy Rojas, o momento nas escolas confirma o propósito inicial do documentário: dar visibilidade a uma arte que resiste e se reinventa em meio aos desafios cotidianos da cidade.
“O que me motivou a ter a ideia de fazer esse documentário foi acreditar que é importante expor ao mundo quão desafiador é ser artista de circo numa cidade que tem uma história antiga de resistência, de ancestralidade, mas que tem difícil acesso a ser vista como uma potência artística.
Quis gritar ao mundo quantos artistas maravilhosos estão aportando criativa e cientificamente conteúdos e identidades próprias ao crescimento e desenvolvimento de novas vertentes de um novo circo que está tomando auge na cidade”, afirma Teffy.
A resposta do público escolar foi potente e sensível. A professora de história Alba Barbosa, da Escola Estadual Francisco das Chagas Souza de Abulquerque, fala sobre a importância de levar esses projetos para escolas.
“Isso possibilita que eles ousem sonhar acreditando que é possível realizar.
É um convite a caminhar por essas estradas onde os rastros não são fim, mas parte de uma trajetória que pode inspirar e transformar a deles. Fiquei profundamente feliz com essa experiência. Acredito que isso precisa chegar a outras escolas, a outras turmas. Deixamos nossas portas abertas. Parabéns a toda a equipe, de coração.” Declara a professora.
Com roteiro que mistura realismo e fantasia, o curta propõe uma imersão sensorial nas memórias, corpos e afetos de artistas que escolhem o circo como linguagem de vida. Malabaristas, acrobatas, palhaças e poetas transformam a cidade em um palco de encantamento e reflexão.
Encerradas as sessões nas escolas, a equipe de Estradas e Rastros se prepara para a próxima etapa: ainda em 2025, o filme será exibido em uma comunidade indígena do Amazonas, onde parte das cenas foi gravada.
A proposta é que o documentário retorne ao território que ajudou a construir sua narrativa, em uma ação de escuta, troca e celebração coletiva.
Estradas e Rastros conta com o apoio do Governo do Estado, por meio do Conselho Estadual de Cultura e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através do Edital nº 01/2023 – Lei Paulo Gustavo.