
Os líderes do G7 pediram uma “desescalada” do conflito entre Israel e Irã e no Oriente Médio, pouco antes de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, abandonar de maneira prematura o encontro de cúpula do grupo no Canadá. O encontro não contou com a presença do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, já que o Brasil não faz parte do G7.
Trump, que retornou à agenda diplomática internacional durante o encontro do G7, deixou a reunião na cidade canadense de Kananaskis de helicóptero, um dia antes do previsto, enquanto seu aliado Israel prossegue com a troca de ataques de mísseis com o Irã.
O magnata republicano utilizou sua plataforma Truth Social algumas horas para alertar os 10 milhões de habitantes da capital iraniana: “Todos deveriam deixar Teerã imediatamente!”, escreveu. Depois de hesitar sobre o apoio a uma declaração conjunta sobre a crise, Trump cedeu durante um jantar em Kananaskis.
“Exortamos para que a resolução da crise iraniana leve a uma desescalada mais ampla das hostilidades no Oriente Médio, incluindo um cessar-fogo em Gaza”, afirma o comunicado publicado pelo Canadá.
Posicionamento do Brasil sobre o conflito
O posicionamento do Brasil em relação ao conflito entre Israel e Irã tem sido marcado pela defesa da paz, do diálogo e do direito internacional, buscando uma desescalada da tensão no Oriente Médio. No entanto, essa postura gerou críticas por parte da oposição no Brasil.
Principais pontos do posicionamento brasileiro:
Preocupação com a escalada: O Presidente Lula tem manifestado preocupação com a escalada do conflito, defendendo que o mundo precisa de recursos para áreas como a transição energética e o combate à miséria, e não para guerras.
Defesa da soberania: O Itamaraty, em nota oficial, condenou o ataque israelense por “violar a soberania” iraniana, o que gerou reação da oposição que viu na nota um alinhamento com o Irã. O governo brasileiro tem sido criticado por “diplomacia seletiva” por alguns opositores, que argumentam que a condenação a Israel é mais veemente do que em outras situações de conflito.
Apelo por trégua e fim das hostilidades: O Brasil tem defendido o fim imediato das hostilidades e o exercício da máxima contenção por todas as partes envolvidas. No G7, espera-se que Lula reforce esse apelo pela paz e aproveite o tema da segurança energética para ressaltar a necessidade de estabilidade global.
Busca por solução diplomática: O governo brasileiro defende que a resolução da crise iraniana leve a uma desescalada mais ampla das hostilidades no Oriente Médio, incluindo um cessar-fogo em Gaza.
Posição em relação a Israel: As relações entre o Brasil e Israel já estavam desgastadas devido a declarações e posicionamentos de Lula sobre a guerra na Faixa de Gaza. Há pressão de grupos aliados a Lula por um rompimento definitivo das relações diplomáticas com Tel Aviv.




