Governo do Estado leva acolhidos do Lar Terapêutico Ágape para visita guiada ao Teatro Amazonas 

A ação é uma parceria entre a Sejusc, alunos da Escola de Egressos da UEA e Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Foto: Lincoln Ferreira / Sejusc

Com o propósito de promover a reabilitação e a reinserção social, além de incentivar o acesso à arte e à cultura, dando visibilidade a histórias de superação e valorização humana, cerca de 52 acolhidos do Lar Terapêutico Ágape participaram, nesta quarta-feira (08/10), de uma visita guiada ao Teatro Amazonas, muitos deles pela primeira vez.

A programação é uma iniciativa conjunta entre a Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), alunos da Escola de Egressos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Secretaria de Cultura e Economia Criativa e o Lar Terapêutico Ágape, com o objetivo de reforçar a importância da inclusão e da reconstrução de novas trajetórias de vida.

Para Flávia Ribeiro, coordenadora da Gerência de Política sobre Drogas (GPAD) da Sejusc, a ação reforça que todas as pessoas, independente da situação de vulnerabilidade, precisam ter seus direitos garantidos. “A Escola de Egressos da UEA desenvolve o programa Educação Inclusiva a Dependentes Químicos, Migrantes e Refugiados, voltado à reabilitação e reinserção social. Eles nos procuraram e firmamos essa parceria com o intuito de fortalecer ações como esta, que garantem o acesso à cultura e a outros direitos fundamentais”, explicou Flávia.

A professora Osmarina Lima, coordenadora-geral da Escola de Egressos da UEA, destacou que a mediação cultural no Teatro Amazonas foi realizada em alusão ao Dia Mundial da Saúde Mental. Ela lembrou que, por lei, os assistidos permanecem na instituição de reabilitação por 90 dias e, após esse período, inicia-se o acompanhamento terapêutico voltado à ressocialização familiar e social. “Um dos objetivos do nosso projeto é apoiar o retorno em tudo, como à escola, resgatar a cidadania e incentivar a reinserção ou inserção no mercado de trabalho, com dignidade, para que cada um possa retribuir à família e ao Estado o investimento feito no período de reabilitação. A mediação cultural é uma maneira leve, criativa e divertida de fazê-los entender que vale a pena recomeçar”, afirmou a professora.

O coordenador do Lar Terapêutico Ágape, Marco Aurélio, é um exemplo de transformação. Ex-acolhido da instituição, onde permaneceu por três anos, ele teve a oportunidade de compreender de forma mais clara os caminhos para superar os vícios e reconstruir a própria história. Hoje, é estudante de Educação Física e celebra uma nova fase de vida ao lado da família. “Fazer parte da comunidade de acolhimento como coordenador e compartilhar experiências é muito importante. Entendi que, quanto mais sirvo, mais sou servido. Tenho um sentimento de gratidão genuína por estar neste lugar e nessa posição de ajudar. O período em que fui acolhido devolveu minha sanidade e me trouxe a família que hoje tenho”, relatou.

Visita

Durante a visita, os acolhidos tiveram a oportunidade de conhecer os bastidores do principal cartão-postal de Manaus e ouvir histórias sobre a construção e a importância cultural do Teatro Amazonas. Para muitos, foi a primeira vez em um espaço histórico e artístico, tornando o momento ainda mais significativo.

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