Hamas aceita plano de paz de Trump que encerra dois anos de guerra em Gaza e devolve reféns

O primeiro-ministro israelense Benjamin conversa com o presidente dos EUA, Donald Trump, durante uma reunião no Salão Oval da Casa Branca em 7 de abril de 2025, em Washington. (Kevin Dietsch/Getty Images)

Sharm el-Sheikh, Egito | 9 de Outubro de 2025 — Em um anúncio surpreendente que marca um ponto de virada no conflito no Oriente Médio, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comunicou ontem (8) que Israel e o grupo terrorista Hamas concordaram e assinaram a primeira fase de seu Plano de Paz para Gaza. O acordo visa encerrar a guerra e garantir a libertação imediata de todos os reféns israelenses mantidos em cativeiro desde o ataque de 7 de outubro de 2023.

O anúncio ocorreu um dia após o aniversário de dois anos do ataque terrorista, que resultou no dia mais sangrento para os judeus desde o Holocausto e desencadeou uma guerra de grande escala na Faixa de Gaza.

Trump divulgou a notícia em sua plataforma Truth Social, expressando profundo orgulho: “Estou muito orgulhoso de anunciar que Israel e o Hamas assinaram a primeira fase do nosso Plano de Paz. Isso significa que TODOS os reféns serão libertados em breve e Israel retirará suas tropas para uma linha acordada, como os primeiros passos em direção a uma paz forte, duradoura e perene.”

Segundo autoridades envolvidas nas negociações, a libertação dos reféns vivos deve ocorrer em uma única fase, no prazo de 72 horas após a formalização do pacto. A devolução dos corpos dos reféns mortos também está incluída no acordo, apesar dos desafios logísticos apontados pelo Hamas.

Em entrevista, Trump disse esperar que os reféns sejam soltos até a próxima segunda-feira. Ele agradeceu aos mediadores do Catar, Egito e Turquia pelo “Evento Histórico e Sem Precedentes”.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou que convocará o governo hoje (9) para aprovar o acordo. Em comunicado, ele agradeceu o empenho do ex-presidente americano: “Agradeço do fundo do meu coração ao Presidente Trump e sua equipe por se mobilizarem para esta missão sagrada de libertar nossos reféns.”

O Hamas, por sua vez, anunciou a conclusão de um acordo que visa “encerrar a guerra de extermínio contra nosso povo palestino e a retirada da ocupação da Faixa de Gaza”, além de prever a entrada de ajuda humanitária e a troca de prisioneiros (libertação de detidos palestinos por Israel).

Os principais pontos da primeira fase do plano incluem:

  • Libertação de todos os reféns israelenses, vivos e mortos.
  • Retirada de tropas israelenses para uma linha acordada.
  • Libertação de centenas de prisioneiros palestinos, incluindo condenados à prisão perpétua.
  • Cessar-fogo imediato para permitir a entrada maciça de ajuda humanitária em Gaza.

A declaração do Hamas expressa, contudo, a necessidade de garantias, apelando a Trump e aos países mediadores para que “obriguem o governo da ocupação a cumprir” os compromissos, em meio a desconfianças mútuas.

As famílias dos reféns emitiram um comunicado de “profunda gratidão” pela liderança de Trump, mas garantiram que “não descansarão nem ficarão quietas até o retorno do último refém.” A expectativa é que a assinatura formal do documento aconteça ainda hoje no resort de Sharm el-Sheikh, no Egito.

Reportagem de Caitlin McFall é repórter da Fox News Digital cobrindo política, notícias dos EUA e do mundo.

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