A crise de Fux e a imprensa: Jornalista da Globo é acusada de atuar como porta-voz de ministros do STF

Reprodução/TV Globo

A solicitação de transferência do ministro Luiz Fux da Primeira para a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) transcende a rotina administrativa. O movimento é interpretado como um sinal de crise interna profunda, cuja narrativa, ao ser exposta pela imprensa especializada, levanta sérios questionamentos sobre o papel e a isenção da cobertura.

O blog da jornalista Andréia Sadi, da TV Globo, ao detalhar os bastidores da Corte, é criticado por atuar, na visão de alguns analistas, como porta-voz da maioria dos ministros que compunham a Primeira Turma.

A reportagem sustenta que o ambiente para Fux se tornou “praticamente insustentável” após seu voto isolado pela absolvição de Jair Bolsonaro em um julgamento crucial da trama golpista. O ministro foi o único a divergir do restante do colegiado, que incluía nomes como Alexandre de Moraes e Flávio Dino.

Ao citar “interlocutores” para afirmar que “não havia mais clima nem ambiente” para o ministro, a imprensa não apenas relata a crise; ela reforça a tese de que o voto divergente de Fux, em um caso de alta polarização, resultou em um isolamento insuportável, levando-o à transferência.

O questionamento: vaza-voz e viés político

Essa dinâmica nos bastidores alimenta a crítica de que a jornalista estaria permitindo que a imprensa fosse usada para vazar a narrativa de um lado da disputa — especificamente, a maioria da Turma que é frequentemente associada a um viés de esquerda — com o objetivo de legitimar a pressão sobre o ministro Fux.

 

A proximidade com fontes internas permite informações exclusivas, mas, nessa leitura crítica, transforma o veículo em um “vaza-voz” seletivo. O resultado é a percepção de que a imprensa, ao invés de manter uma análise crítica e neutra, estaria ativamente engajada na disputa de poder dentro do STF, favorecendo um determinado grupo e sua interpretação dos fatos.

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