A revelação da descoberta de uma enorme estrutura abaixo das três maiores pirâmides do Egito viralizou durante o fim de semana. Os relatos foram baseados em um artigo publicado em outubro de 2022 no periódico MDPI Remote Sensing, no qual os pesquisadores Filippo Biondi e Corrado Malanga disseram que usaram uma técnica inovadora de radar para mapear o interior das pirâmides com detalhes sem precedentes.
Os arqueólogos disseram que mais pesquisas precisariam ser feitas para compreender o objetivo das tais estruturas e até onde exatamente elas se estendem.
A descoberta se encontra com teorias antigas que diziam que as pirâmides foram construídas com um proposito muito maior do que serem “tumbas reais”. No entanto, a revelação está longe de ser unanime.
O grupo não publicou as informações com revisão por pares, que ocorre quando pesquisadores fora do estudo analisam as informações de forma independente.
O renomado arqueólogo Dr. Zahi Hawass, ex-ministro de antiguidades do Egito, criticou a pesquisa em entrevista ao jornal The National.
“A alegação de usar radar dentro da pirâmide é falsa, e as técnicas empregadas não são cientificamente aprovadas nem validadas”, disse ele. O arqueólogo disse que as alegações eram “completamente erradas” e careciam de qualquer base científica.
Os autores propõem uma interpretação não convencional da pirâmide como uma espécie de “câmara de ressonância gigante” projetada para ser preenchida com água e gerar vibrações de baixa frequência.
Embora a ideia de câmaras escondidas na Grande Pirâmide de Gizé seja tentadora, Dr. Hawass disse que décadas de pesquisas sérias e rigorosas no local não apresentaram nenhuma evidência real disso.