Espetáculo de dança “Agô” retorna aos palcos nesta sexta-feira, na Usina Chaminé

Objetivo é levar ao público a reflexão sobre temas como violência e discriminação contra povos indígenas e negros

O espetáculo de dança “Agô” retorna aos palcos de Manaus neste fim de semana, no Centro Cultural Usina Chaminé, no Centro de Manaus. Com um pedido de clemência e proteção divina diante de problemas sociais como violência, intolerância religiosa e a discriminação contra povos indígenas e negros, “Agô” terá sessões nesta sexta-feira (18/12) e sábado (19/12), às 19h30. A entrada é gratuita, com agendamento pelo Portal da Cultura (bit.ly/agoManaus e bit.ly/agoManaus2). A classificação é para 14 anos.

O projeto, realizado pelo Menina Miúda Produções Artísticas, foi contemplado na categoria Dança do Edital Prêmio Manaus de Conexões Culturais, da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), por meio da Lei nº 14.017/2020, conhecida como Lei Aldir Blanc, e tem apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

Os protocolos de segurança sanitária de prevenção à Covid-19 serão adotados, como a limitação de público em 50% da capacidade do local, distanciamento social e uso de álcool em gel.

“Agô” surge abordando novos casos de violência contra negros e povos indígenas noticiados, recentemente, pelos jornais mundo a fora. Além disso, o trabalho contará com novos bailarinos e recebeu novo incremento na coreografia.

“A gente traz novo figurino, novos bailarinos, uma cenografia nova, tudo isso para tentar aproximar o espectador dessas situações tão complicadas que a gente vê no dia a dia, não de uma forma brusca, mas de uma forma poética e artística”, diz o diretor do espetáculo, Cairo Vasconcelos. “O espetáculo está um pouco mais enxuto, mas com uma nova dinâmica de coreografias e movimentações. Outra novidade são as pinturas corporais dos bailarinos que serão feitas por indígenas da tribo Sateré Mawé”, ressalta.

Em cena, os artistas utilizam figurinos, adereçagem na linguagem Afro e reproduzem movimentos característicos da cultura indígena. A atuação poética faz com que o público adentre nas diversas situações ali apresentadas e, com isso, traz a reflexão sobre problemas sociais como racismo, intolerância, violência e discriminação vigente ao longo dos séculos.

“O nosso grande objetivo é levar ao público a reflexão sobre as temáticas e fazer com que o espectador saia do espetáculo com olhar diferenciado para essas situações”, explica Cairo Vasconcelos.

A intervenção de dança “Agô” possui 45 minutos de duração e será performada por seis bailarinos no palco. O espetáculo ainda terá mais uma apresentação, no dia 23 de dezembro, no Teatro da Instalação (Rua Frei José dos Inocentes, Centro), com sessões às 18h e às 19h30.

Ficha Técnica – Atuam em “Agô” os bailarinos Emília Pontes, Laura Melo, Iessa Ferreira, Igor Nogueira, Klaiverth Melo e Thaysson Castro. A direção e concepção cênica são de Cairo Vasconcelos; coreografia de Wilson Júnior; ensaísta Everton Castro; maquiagem de Eugênio Lima; figurino de Dione Maciel, produção de Emília Pontes; e grafismos de Amadeu Sateré e Arte Chopinho.

FOTOS: Divulgação/ Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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