Manaus lidera a ocupação hoteleira nacional, segundo indicadores da indústria turística

Foto: Janailton Falcão/Amazonastur

Com a flexibilização das medidas de isolamento social, editadas desde junho deste ano pelas autoridades brasileiras, Manaus tem se destacado na ocupação hoteleira urbana. Segundo o Boletim Informativo do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (InFOHB), a capital amazonense obteve, nos meses de julho, agosto e outubro, o melhor desempenho em taxa de ocupação hoteleira entre as 15 capitais auditadas pela instituição.

Em setembro, Manaus figurou em segundo lugar com um índice de 41,77%, superada em décimos pela capital do Espírito Santo, Vitória, que atingiu a marca de 41,95%.

Para a presidente da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), Roselene Medeiros, o indicador confirma o estado como destino seguro nesse período de recuperação do setor.

“Mesmo com as dificuldades que ainda existem, o turismo do Amazonas se recupera. A prova disso é nossa ocupação hoteleira. Estamos atuando para promover o estado como um destino de pouca aglomeração porque, de fato, somos um local seguro para quem quer viver essa experiência que é a floresta, a pesca esportiva e tantos outros atrativos que oferecemos. Somos um local ideal para ser visitado nessa época de desaceleração dos efeitos da pandemia”, destaca Roselene.

Ao avaliar o mercado de meios de hospedagem, o Fórum não leva em conta toda a capacidade instalada, mas apenas os hotéis ligados a uma rede nacional ou internacional. Em Manaus, são considerados 10 estabelecimentos, que representam 1.628 unidades habitacionais (aproximadamente 3.300 leitos).

Outro indicador da indústria turística, a CoHotel Consultoria Hoteleira, no documento “Mercado Hoteleiro Manaus/AM”, lista 11 empreendimentos e aponta taxas de ocupação para Manaus superiores àquelas que são apresentadas pelo InFOHB para os meses de julho, agosto e setembro. O estudo da consultoria projeta para Manaus uma receita bruta com hospedagem de R$ 36.122.586,00 de janeiro a setembro deste ano; as perdas foram na ordem de R$ 33 milhões em relação ao mesmo período de 2019, segundo o documento.

No intervalo de janeiro a setembro de 2020, em comparação a semelhante período do ano passado, a CoHotel afirma que a redução de quartos ocupados foi de 46%, com 45% de perda no RevPAR – “revenue per available room”, em português “receita por quarto disponível”.

O gerente geral do Tryp by Wyndham, Nilson Rocha, afirma que a indústria hoteleira em Manaus demitiu 37% de seus quadros de recursos humanos, em razão da crise imposta pela pandemia do novo coronavírus.

“Monitoramos um grupo de 16 hotéis de ponta, e este foi um ano difícil para todo mundo, mas especialmente para o turismo e para os investidores da hotelaria. Essa é uma situação com impacto mundial, mas em termos de Brasil há capitais com cenários bem piores que os nossos, de Manaus”, destaca.

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