O escândalo na última eleição para a presidência da OAB Amazonas ganhou contornos surreais após a revelação de uma falha que chocou a classe jurídica: um comprovante de votação foi emitido em nome de um eleitor já falecido.
A irregularidade, que já fragiliza a credibilidade do pleito, se torna ainda mais grave quando se considera o nome de um dos eleitores supostamente “ressuscitados” para a urna. Fontes indicam que entre os falecidos que tiveram comprovantes destacados estaria até mesmo o ex-governador Amazonino Mendes, falecido em fevereiro de 2023.
Se até mesmo figuras públicas de grande relevância, como o ex-governador, “aparecem” para votar em um processo eleitoral da Ordem, a confiança da advocacia amazonense no resultado e na transparência do processo está em xeque.
Essa falha grotesca levanta uma questão crucial em um momento de escolha pelo Quinto Constitucional: como é possível garantir a lisura e a confiança da sociedade em um processo vital como a escolha de um desembargador, se a própria OAB não consegue assegurar a credibilidade de sua eleição interna?
A Ordem precisa urgentemente investigar e esclarecer o caso para restaurar a confiança de seus membros e da sociedade na integridade de suas instituições.
