
Em um movimento de reestruturação profunda, o presidente argentino Javier Milei anunciou a criação de uma “mesa política nacional” para enfrentar os desafios de seu governo, especialmente após a derrota eleitoral nas eleições legislativas da província de Buenos Aires. A decisão foi comunicada pelo porta-voz presidencial, Manuel Adorni, em sua conta oficial no X (antigo Twitter).
A nova mesa, que será liderada pelo próprio presidente, marca uma mudança de postura para Milei, que até então havia delegado a maior parte das questões eleitorais à sua irmã e Secretária-Geral da Presidência, Karina Milei.
O comitê será composto por figuras-chave do governo e da política argentina:
- Karina Milei, Secretária-Geral da Presidência
- Guillermo Francos, Chefe de Gabinete de Ministros
- Patricia Bullrich, Ministra da Segurança
- Santiago Caputo, assessor e estrategista de Milei
- Martín Menem, Presidente da Câmara dos Deputados
- Manuel Adorni, Porta-voz Presidencial
O anúncio da nova mesa política foi feito após duas reuniões ministeriais na Casa Rosada, indicando a urgência do governo em revisar sua estratégia.
A inclusão de Santiago Caputo é vista como um dos pontos mais importantes da reestruturação. O influente assessor, que havia sido afastado da campanha em Buenos Aires, retorna ao centro da estratégia eleitoral. Além disso, a presença da ministra da Segurança, Patricia Bullrich, reforça a aliança do governo com setores mais tradicionais da direita.
Apesar das críticas sobre o fracasso eleitoral, a Secretária-Geral, Karina Milei, e o Presidente da Câmara, Martín Menem, foram mantidos em seus cargos de influência. A derrota, no entanto, resultou na demissão de Sebastián Pareja, presidente da La Libertad Avanza na província de Buenos Aires. Pareja era um dos principais responsáveis, ao lado de Karina, pela estratégia e pelas listas de candidatos que disputaram a eleição.
Em uma tentativa de fortalecer a governabilidade, Milei também instruiu seu Chefe de Gabinete a convocar uma “mesa de diálogo federal com os governadores”, com o objetivo de buscar apoio e consenso para suas políticas em nível nacional.
Fonte: Clarín/Argentina.