Veja o vídeo da NASA sobre o cometa 3I/ATLAS

Imagem criada no IA

Em dezembro, os observadores do céu poderão ver o cometa 3I/ATLAS em seu ponto mais próximo da Terra; a chuva de meteoros Geminídeos brilhando no céu; e a Lua e Júpiter aparecendo próximos um do outro em conjunção.

A comunidade científica global, liderada pela NASA, mobilizou seus principais recursos de observação para acompanhar a passagem do cometa 3I/ATLAS, o terceiro objeto interestelar já confirmado a cruzar o nosso Sistema Solar. Descoberto em julho de 2025 pelo sistema ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System), o cometa é considerado uma janela valiosa para o passado, com estimativas de que ele possa ter mais de 7 bilhões de anos, superando a idade do nosso próprio Sol.

Origem remota e composição incomum

O que torna o 3I/ATLAS único é sua trajetória hiperbólica, característica que comprova sua origem em um sistema estelar distante. Cientistas observam o objeto como um mensageiro de outra galáxia.

As análises iniciais, incluindo dados do Telescópio Espacial James Webb (JWST), revelaram uma composição química atípica. O cometa exibe uma alta concentração de dióxido de carbono ($CO_2$) em relação à água ($H_2O$), um perfil distinto dos cometas nativos do nosso Sistema Solar. Seu núcleo, por sua vez, é estimado em ter entre 320 metros e 5,6 quilômetros de diâmetro.

Apesar da euforia científica, a NASA fez questão de tranquilizar o público: o 3I/ATLAS não representa qualquer ameaça à Terra. Sua maior aproximação do nosso planeta ocorreu a uma distância segura de cerca de 270 milhões de quilômetros, quase o dobro da distância entre a Terra e o Sol.

Seu ponto mais próximo do Sol (periélio) foi atingido no final de outubro de 2025, permanecendo dentro da órbita de Marte.

A agência espacial americana utilizou uma vasta rede de observatórios espaciais e terrestres para mapear o cometa. Além do JWST, o Telescópio Espacial Hubble, a missão MAVEN (em Marte) e até o rover Perseverance contribuíram na coleta de imagens e dados.

Segundo especialistas, a análise detalhada do 3I/ATLAS fornece informações cruciais sobre as condições de formação e a matéria-prima de outros sistemas planetários da Via Láctea. O cometa segue agora em sua jornada para fora do Sistema Solar, levando consigo segredos de um universo muito mais antigo.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui