Brasil conquista duas medalhas inéditas no Mundial de Ginástica Rítmica, o melhor resultado do país na história da competição

A ginasta Bárbara Domingos, a Babi, conquistou a melhor classificação do Brasil, no individual, com o nono lugar, no Rio. Foto: Mariana Raphael/MEsp

As Leoas, como as atletas da seleção de ginástica rítmica são conhecidas, rugiram alto durante o Mundial de Ginástica Rítmica, competição realizada pela primeira vez no Brasil, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro. Com emoção, beleza e talento elas conquistaram, neste domingo, 24 de agosto, a prata na final na série mista, com três bolas e dois arcos. O quinteto formado por Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Mariana Gonçalves e Maria Paula Caminha fez uma apresentação cravada, ao som do clássico sertanejo “Evidências” – imortalizado por Chitãozinho & Xororó -. e recebeu 28.550 pontos, a mais alta pontuação que a série das meninas já recebeu em competições internacionais. O Brasil ficou atrás apenas da Ucrânia, que obteve 28.650, 0.1 ponto à frente. A China terminou em terceiro.

Foi a segunda medalha do país na história do Mundial de Ginástica Rítmica, que teve sua 41ª edição. No sábado, 23, a seleção brasileira já havia emocionado o país ao conquistar sua primeira medalha, na prova geral, ficando atrás apenas do Japão

Foi a segunda medalha do país nas 41 edições do Mundial de Ginástica Rítmica. No sábado, 23 de agosto, o mesmo quinteto já havia emocionado o país ao conquistar o primeiro pódio, na prova de conjunto geral, que leva em conta as somas das notas da série das cinco fitas e das duas bolas e três arcos. O Brasil ficou atrás apenas do Japão, por 0.3 ponto. A Espanha terminou em terceiro. Até então, o melhor resultado do conjunto em mundiais havia sido na última edição, na Espanha. Na ocasião, o Brasil terminou com uma quarta posição.
“Acho que foi a melhor série das nossas vidas. Treinamos muitas vezes e conseguimos voltar para o foco muito rapidamente. Tínhamos em mente que queríamos finalizar este Mundial em casa da melhor maneira possível, honrando todos os brasileiros. Foi perfeito!”, celebrou Duda Arakaki, capitã da seleção de conjunto.
A técnica da seleção, Camila Ferezin, também não poupou elogios. “Foi a coisa mais linda que eu já vi na minha vida, a mais espetacular. Elas estiveram perfeitas. Não tem coisa mais emocionante do que ver o Brasil dentro de quadra com essa performance e com essa torcida.”
Mais cedo, no início da tarde de domingo, o Brasil disputou a final das fitas, mas o conjunto terminou em sexto lugar, com 22.850 pontos. Com o saldo de duas medalhas inéditas, a participação brasileira no Mundial do Rio entra para a história como uma das mais marcantes e emocionantes da ginástica rítmica nacional, celebrada dentro e fora dos tablados, com a torcida entoando no pódio o grito de “campeã”.
“O último mundial nos serviu de inspiração e motivação para seguir acreditando que essa hora ia chegar. A gente trabalhou muito, todos os dias. São 30 anos na ginástica, 15 como atleta e agora 15 na seleção. É muito bom ver um sonho ser realizado depois de tantos anos de trabalho e várias gerações. E Deus foi tão maravilhoso que nos permitiu viver isso dentro da nossa casa e com ela cheia”, afirmou Camila Ferezin, vocalizando um sentimento de todos os que acompanharam a conquista.
A capitã do conjunto, Maria Eduarda Arakaki, a Duda, celebrou o feito inédito e reforçou o desejo de seguir buscando mais: “Superamos os desafios e agora a medalha chegou para concretizar esse esforço, mas continuamos trabalhando para mais conquistas, e seguir treinando muito para chegar no nível de perfeição.”

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PRESIDENTE – Entre os milhões de torcedores estava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que exaltou o feito em postagens nas redes sociais: “Nossa seleção fez história e ganhou mais uma medalha na final de ginástica rítmica na prova de conjunto misto, com 3 bolas e 2 arcos. O Brasil brilhou ao sediar e conquistar medalhas inéditas no Mundial de Ginástica Rítmica de 2025. Acreditamos que o apoio ao esporte é fundamental porque ele transforma vidas e inspira uma nação”, escreveu. O ministro do Esporte, André Fufuca, parabenizou as atletas e a comissão técnica: “Que alegria ver o Brasil conquistando a prata no conjunto geral e subindo ao pódio, pela primeira vez na história de um Mundial! Esse é um momento que enche de orgulho cada brasileiro e que inspira milhares de jovens a acreditarem nos seus sonhos. Recebam meu carinho e minha admiração”, disse.

INVESTIMENTOS – O Ministério do Esporte destinou R$ 2 milhões diretamente ao primeiro Mundial da modalidade realizado na América do Sul e que entra para a história como o maior em número de participantes: mais de 650 pessoas envolvidas, representando 78 países. Do total, R$ 1 milhão foi usado na campanha que consolidou o Brasil como país-sede, R$ 570 mil foram investidos para estruturar os treinamentos das seleções e R$ 490 mil na aquisição de três tablados oficiais. O apoio foi fundamental para que a capital fluminense recebesse o evento e vibrasse com as apresentações. E como vibraram. A emoção na arena espalhou-se pelos fãs da modalidade e, também, pelos fãs do esporte em geral. Desde 2012, os investimentos na Ginástica chegam a R$ 17,2 milhões, aplicados na compra de equipamentos oficiais para as modalidades artística, trampolim e rítmica, além de viabilizar o treinamento em âmbitos nacional e estadual e a realização de competições, como Mundiais e torneios internacionais.
APOIO FEDERAL – A ginástica rítmica no Brasil tem registrado um crescimento histórico, impulsionado por conquistas inéditas do conjunto e individual em competições mundiais, como medalhas em Copas do Mundo e resultados de destaque no Mundial, além de uma infraestrutura de apoio. O Ministério do Esporte, destinou R$ 570 mil para estruturar os treinamentos das seleções, construiu e modernizou o centro de treinamento. E os investimentos prosseguem no ciclo pós-Jogos Olímpicos de Paris 2024 e até Los Angeles 2028, com patrocínio da Caixa para a Confederação Brasileira de Ginástica para o período de julho de 2025 a dezembro de 2028.

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LEI DE INCENTIVO – A modalidade também foi contemplada com R$ 1,9 milhão via Lei de Incentivo ao Esporte. A parceria garantiu não apenas a viabilização do Mundial, mas também a manutenção dos 29 Centros de Treinamento espalhados pelo país, fortalecendo a base esportiva, ampliando o acesso à prática e estimulando a descoberta de novos talentos.
CT NACIONAL – Em maio, o Ministério do Esporte reinaugurou o Centro Nacional de Treinamento de Ginástica Rítmica, em Aracaju (SE), após ampla modernização. A obra contou com investimento de R$ 695 mil, a maior parte proveniente do Governo Federal, em parceria com a Secretaria de Estado do Esporte de Sergipe. Entre as melhorias está a climatização do ginásio, com a instalação de 12 aparelhos de ar-condicionado, atendendo a uma demanda antiga das atletas. “O Brasil mostra ao mundo o talento e a paixão pela ginástica rítmica. Esse momento é fruto de muito trabalho e investimento”, afirmou o ministro André Fufuca.

INDIVIDUAL – O Brasil também alcançou seu melhor resultado na história em mundiais de Ginástica Rítmica no individual, com Bárbara Domingos, a Babi. Com duas coreografias que marcaram o maior feito de sua carreira e da ginástica rítmica brasileira, ela terminou em nono, colocando o Brasil pela primeira vez nesta colocação. Geovanna Santos, que disputou sua primeira final em Mundial, terminou na 18ª posição. No desfecho, prevaleceu a a campeã olímpica Darja Varfolomeev (Alemanha), que conquistou o ouro; Stiliana Nikolova (Bulgária) ficou com a prata, e Sofia Raffaeli (Itália) levou o bronze.
REALIZAÇÃO – A melhor colocação do Brasil em Mundiais já pertencia à atleta, que havia sido 11ª em 2023. “Estou realizada, com a sensação de dever cumprido. Essa Babi de hoje é a que conheço. Me despeço dessas duas séries realizada. Competir no Brasil só nos motivou ainda mais. Meu objetivo é deixar um legado na ginástica rítmica. Estou muito feliz com a trajetória que fiz”, disse. A conquista também foi ressaltada pela técnica de Babi, Mayara Cerqueira. “Estamos, de fato, com a sensação de dever cumprido e de ter representado bem o nosso país.”

Álbum de fotos: Link

BOLSA ATLETA – A ginasta também carrega a marca do Bolsa Atleta em sua trajetória. Beneficiada pelo programa há 11 anos, Bárbara ingressou em 2014, na categoria Nacional. Depois, passou pela categoria Internacional e, hoje, está no mais alto nível, Atleta Pódio. Geovanna Santos é bolsista desde 2017. Somente com as duas atletas, o investimento previsto para 2025 ultrapassa R$ 130 mil. Seis das sete ginastas brasileiras que disputaram o torneio são beneficiárias atualmente do programa do Governo Federal. Os últimos editais do Bolsa Atleta e do Bolsa Atleta Pódio mostram que 219 atletas da ginástica são contemplados com o benefício do Governo Federal. Desse total, 115 são específicos da Ginástica Rítmica.
LEGADO OLÍMPICO – Além da preparação das atletas, o Ministério do Esporte também responde pela gestão da Arena Carioca 1, no Parque Olímpico do Rio, sede das competições e legado dos Jogos Rio 2016. De acordo com Mariana Araújo, assessora técnica da pasta, a estrutura recebeu atenção especial para o evento.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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