AMAZONAS – Em cerimônia que marcou o início das comemorações dos 15 anos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), o governador José Melo abriu, na tarde desta segunda-feira, 29 de fevereiro, o ano letivo da instituição em evento transmitido por meio do Sistema Presencial Mediado por Tecnologia (IPTV) para salas de aula em 47 municípios do interior. O evento, realizado no auditório da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA), teve a participação do ex-governador Amazonino Mendes, criador da UEA, que foi homenageado ao lado de ex-reitores da instituição.
Para uma plateia formada por calouros da capital e de municípios vizinhos presentes no auditório – estão ingressando na universidade 2.165 novos alunos da capital e do interior – e também para os demais estudantes que iniciam o primeiro semestre de 2016, o governador falou de um novo momento pelo qual passa a instituição ao completar 15 anos, voltado para a produção de conhecimento com foco no desenvolvimento sustentável.
“A UEA que num determinado momento cumpriu com uma missão fundamental, que foi qualificar os professores que não tinham habilitação específica – resultado de tudo isso foi um aumento significativo da qualidade da educação –, agora, vai cumprir uma outra tarefa histórica, que é produzir o conhecimento, a massa crítica para esse novo momento do Amazonas, que é explorar, de forma sustentável, o que a floresta tem”, observou o governador.
Potência regional – Para o reitor Cleinaldo Almeida Costa, a UEA completa 15 anos num momento crucial para o seu processo de maturidade. Segundo ele, a instituição se tornou uma potência regional em ensino superior. Nesse período, 46 mil pessoas foram graduadas pela universidade e outras 26 mil estão matriculadas em 37 cursos de graduação. A universidade também possui mais de 100 cursos de pós-graduação Lato Sensu, nove de mestrado e quatro de doutorado.
“É a universidade que se qualifica do ponto de vista de um entendimento da Amazônia e que tem um papel estratégico no desenvolvimento do Estado. Uma universidade que hoje tem parceria institucionalizada com as maiores universidades do mundo, incluindo Harvard. Isso nos qualifica noutro patamar de ciência tecnologia e desenvolvimento. Ao mesmo tempo em que aceleramos a parceria com o Polo Industrial de Manaus (PIM) no sentido de responder às demandas e às necessidades das indústrias aqui instaladas e sermos polos difusor de conhecimento, de recursos e de tecnologia”, observou o reitor.
Emocionado – O ex-governador do Estado, Amazonino Mendes, que em 2001 criou a UEA, se declarou emocionado ao ouvir do governador José Melo que a instituição está voltada para as questões amazônicas, conforme ele planejou no ato de sua criação, mas que não teve tempo para realizar, uma vez que deixou o governo dois anos depois.
“Eu confesso que, quando criei a UEA, eu pensei nisso. Eu não queria uma universidade igual às demais que existem no Brasil, com os mesmos currículos, a mesma filosofia. Eu imaginava uma universidade que pudesse fazer essa diferença. Que não se voltaria apenas para a biotecnologia, mas também para desenvolver outras ciências, como a medicina tropical, a autossustentação econômica, com cursos voltados para essas especialidades”, disse.
O presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Maick Soares, destacou o processo de democratização da instituição e a importância dela no papel de desenvolvimento do Estado. “É um momento de grande significado fazer parte de uma mesa que tem o primeiro reitor eleito pelo voto direto”, observou.