Proclamada pelo então príncipe regente Dom Pedro em 7 de setembro de 1822, a Independência do Brasil foi um marco para o País, ao tornar oficial o rompimento da dependência com relação a Portugal. Desde então, todos os anos, milhares de pessoas se reúnem nas principais avenidas e ruas brasileiras para o tradicional desfile cívico-militar em comemoração.
Responsável pela defesa do Brasil, o Ministério da Defesa considera que a celebração é importante não só pelo fato histórico, mas pela valorização do Estado brasileiro, do papel social do cidadão e do culto a valores fundamentais para a soberania do País, como a liberdade, o patriotismo, o civismo, o respeito à história e às pessoas.
Neste ano, o evento celebra o 196º ano da Independência do Brasil. Segundo o Arquivo Histórico do Exército, as comemorações do Dia da Pátria começaram no século 19, quando as forças militares ainda eram comandadas pelos portugueses. A data perdeu destaque no período de Regência (1831 a 1840) e voltou a recuperar a importância histórica com a declaração de maioridade de Dom Pedro II, em 1840.
Desfiles
No início, o principal desfile ocorria no Rio de Janeiro, então capital do País. Depois, com a fundação de Brasília, passou pelo Setor Militar Urbano (SMU) e pelo Eixo Rodoviário, até chegar à Esplanada dos Ministérios, em 2003. De acordo com o historiador Antônio Barbosa, professor da Universidade de Brasília (UnB), a expressão do protagonismo dos militares na história republicana criou uma rejeição inicial aos desfiles por parte da população, que entendia a celebração como uma imposição militar.
“Desde que a República foi proclamada, os militares foram personagens importantíssimos. […] com o passar do tempo, isso já no regime militar, houve uma preocupação de aproximar o desfile de 7 de setembro da sociedade civil de uma forma geral”, explicou. Em Brasília, a mudança de endereço do desfile aumentou a representatividade do local. “Na verdade, uma espécie de centro cívico administrativo da nacionalidade”, ressaltou o professor.
História x efeitos
Após forte pressão das cortes portuguesas para que o príncipe regente retornasse a Portugal, devido a percepção de que a metrópole estava perdendo o controle político do Brasil, na tarde do dia 7 de setembro de 1822, em São Paulo, nas proximidades do Riacho do Ipiranga, Dom Pedro proclamou a independência do Brasil, com o grito: “Independência ou Morte!”. O fato ficou conhecido como “O Grito do Ipiranga”. Após proclamar a Independência, foi aclamado Imperador do Brasil, em 1° de dezembro de 1822.
Ao deixar de ser colônia de Portugal, o Brasil passou a ter soberania, fazer suas próprias leis, definir caminhos como nação livre e deixar de pagar altas cargas tributárias para os portugueses. “A independência significou a existência formal do País”, enfatizou a professora Neuma Brilhante Rodrigues, do departamento de História da Universidade de Brasília (UnB).
De acordo com o tenente Israel Lino Quintela de Araujo, da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEx), assim como para o Brasil, a Independência representa um marco para a instituição. “O Exército Brasileiro nasceu oficialmente ao proclamar sua independência da organização castrense portuguesa, o que deu início a uma nova fase na história militar brasileira.”
Fonte: Governo do Brasil.