Brasília, DF – Um vídeo recentemente divulgado levanta graves acusações de fraude documental e possível interferência judicial na prisão de Filipe G. Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro. A denúncia central aponta para a suposta falsificação de documentos que teriam embasado a entrada de Martins nos Estados Unidos, culminando em sua detenção.
O material destaca um momento crucial durante o depoimento do delegado Fábio Chor, onde a defesa de Filipe Martins foi abruptamente interrompida por um juiz auxiliar, identificado como Rafael Henrique Rocha. A defesa tentava questionar o delegado sobre seus contatos com Adriano de Oliveira Camargo, um oficial de ligação da Polícia Federal atuante nos Estados Unidos.
A interrupção se tornou ainda mais controversa quando o juiz Rocha admitiu conhecer Camargo e ser amigo de seu irmão, também magistrado. Para o advogado Ricardo Scheifer Fernandes, essa revelação configura uma “interferência indevida do juiz no direito da defesa de fazer os questionamentos”. A relação pessoal entre o juiz auxiliar e o oficial da Polícia Federal, cujo órgão é apontado como responsável pela suposta fraude documental, suscita sérias dúvidas sobre a imparcialidade do processo.
A narrativa do vídeo insinua que a proximidade entre as partes – o oficial da PF que opera no mesmo edifício do órgão investigado pela suposta fraude, e o juiz auxiliar com laços de amizade com a família do oficial – poderia indicar uma rede de influências. A questão levantada é se o juiz auxiliar teria agido de forma a proteger interesses específicos, comprometendo a transparência da investigação.
As alegações contidas no vídeo traçam um cenário complexo, que mistura supostas fraudes documentais, prisões e potenciais conflitos de interesse dentro do sistema judiciário brasileiro, colocando em xeque a integridade do processo contra Filipe G. Martins.
O espaço está aberto a todos os citados, direta e indiretamente, incluindo STF e Polícia Federal.
Foto: Montagem UOL