Deputado Júnior Mano e outras 5 pessoas são alvos da PF por fraudes em licitações com verba parlamentar no CE

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 8 de julho, a Operação Underhand para desarticular uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos por meio de fraudes em licitações e contratos em municípios do Ceará. A investigação, que conta com o apoio técnico da Controladoria-Geral da União (CGU), apura o direcionamento de verbas públicas em troca de contrapartidas financeiras ilícitas e a manipulação de processos licitatórios por meio de empresas ligadas ao grupo.

A operação cumpriu 15 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília (DF) e nas cidades cearenses de Fortaleza, Nova Russas, Eusébio, Canindé e Baixio. Entre os alvos está o gabinete do deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) na Câmara dos Deputados, além de endereços ligados ao parlamentar em Brasília e no Ceará e propriedades de outros cinco investigados.

As investigações, que tramitam sob sigilo no STF e são conduzidas pelo ministro Gilmar Mendes, indicam que o grupo criminoso desviava dinheiro público, inclusive por meio de emendas parlamentares, e utilizava os valores de origem ilícita para custear campanhas políticas nas eleições municipais do ano passado no Ceará.

O STF também determinou o bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas. O objetivo é interromper a movimentação de valores ilícitos e garantir a preservação dos ativos para uma eventual reparação ao erário.

As condutas investigadas incluem os crimes de organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com fim eleitoral. Além dos mandados de busca, a Justiça autorizou a quebra de sigilo de celulares apreendidos.

Veja a íntegra a Nota:

“O deputado Júnior Mano não tem qualquer participação em processos licitatórios, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos administrativos.

Como parlamentar, o deputado não exerce qualquer função executiva ou administrativa em prefeituras, não participa de comissões de licitação, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos administrativos.

O parlamentar reafirma sua confiança nas instituições, em especial no Poder Judiciário e na Polícia Judiciária Federal, e reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e o exercício probo da função pública.

Tem plena convicção de que, ao final da apuração, a verdade dos fatos prevalecerá, com o completo esclarecimento das circunstâncias e o reconhecimento de sua correção de conduta.

Assessoria de imprensa

Deputado Federal Júnior Mano”.

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