Justiça condena professor, ex-secretario de Lula, por ataques de ódio e pedir guilhotina contra filha de Roberto Justus

Docente aposentado criticou menina de cinco anos que posou com os pais em foto com bolsa de grife de R$ 14 mil.

A Justiça de São Paulo condenou um professor universitário federal aposentado por publicar ataques de ódio contra a filha de cinco anos do empresário Roberto Justus e da influenciadora Ana Paula Siebert. A decisão é resultado de uma ação movida pelo casal após publicações ofensivas feitas pelo docente em uma rede social, em meados de junho.

Na ocasião, o professor escreveu “só guilhotina…” ao comentar uma foto em que a menina aparecia com uma bolsa de grife avaliada em R$ 14 mil nas redes sociais dos pais. A frase, em referência ao método de execução usado na Revolução Francesa, foi interpretada pelo juiz Cassio Pereira Brisola como um desejo explícito de violência.

“Afirmar que alguém deve ser enviado para a guilhotina corresponde ao desejo de vê-la morta, portanto, a mensagem do requerido, objetivamente, exteriorizou seu desejo de atentar contra a vida dos autores”, escreveu o magistrado na sentença publicada nesta terça-feira (21).

De acordo com a decisão, o professor deverá pagar R$ 50 mil a cada um dos autores da ação, além de arcar com as custas e honorários processuais. Ainda cabe recurso da condenação.

Em outro trecho da decisão, o magistrado reforçou que a liberdade de expressão não dá o direito de incitar a morte de alguém, especialmente de uma criança.

“A mensagem do requerido deve ser reconhecida como discurso de ódio por recomendar a pena capital para os autores, em razão de simples postagem em rede social, revelando extremo desprezo pela condição humana e a lesão aos direitos da personalidade deles. Se o requerido não concorda/concordava com o estilo de vida dos autores poderia criticar, mas lhe é vedado ofender, muito menos pregar o fim da existência deles”, destacou o juiz.

A defesa do casal afirmou que o valor da indenização será integralmente destinado à caridade. Já a defesa do docente não se pronunciou sobre o caso.

Texto: Guilherme Grandi /Gazeta do Povo

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