Governo do Amazonas apoia estudo que mapeia impactos da crise climática em comunidades vulneráveis

Iniciativa da Teto Brasil contou com o suporte das equipes sociais da UGPE para levantar dados em territórios na capital

Foto: Tiago Corrêa / UGPEFOTO:TIAGO CORREA_UGPE

A Organização Não Governamental Teto Brasil lançou, nesta terça-feira (14/10), em Brasília, o Panorama Climático das Favelas e Comunidades Invisibilizadas. O estudo, que mapeia os impactos da crise climática em comunidades vulneráveis no país, contou com o apoio do Governo do Amazonas, no levantamento das informações em Manaus.

As equipes que atuam no Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+), da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), órgão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb), deram suporte na aplicação de questionários e entrevistas com lideranças comunitárias de diferentes zonas da capital amazonense.

O Prosamin+ reassenta populações de áreas de risco, promovendo saneamento básico e requalificação urbanística para mitigar os efeitos das alagações. As obras do programa ajudam a reduzir os impactos causados pelas mudanças climáticas. As equipes da área social do programa possuem expertise nesse contato com as comunidades.

A parceria entre a Teto Brasil e o Governo do Amazonas foi formalizada por meio de um Termo de Cooperação Técnica, assinado em julho deste ano, com o objetivo de facilitar o acesso às comunidades e apoiar a execução do estudo no território amazonense. O estudo inédito mapeou os impactos da crise climática em 119 favelas e comunidades de todas as regiões do Brasil.

O estudo reúne dados quantitativos e qualitativos obtidos a partir da escuta direta de moradores e lideranças locais, revelando como a crise climática afeta o cotidiano de comunidades marcadas por múltiplas vulnerabilidades e, frequentemente, invisibilizadas em levantamentos tradicionais, segundo a organização.

O secretário da Sedurb e da UGPE, Marcellus Campêlo, destacou que a colaboração reforça o compromisso do Governo do Amazonas com a sustentabilidade ambiental e a inclusão social. “O Prosamin+ tem como missão melhorar a qualidade de vida das populações mais vulneráveis, e contribuir com um estudo dessa relevância é parte de nossa responsabilidade socioambiental”, afirma Campêlo.

De acordo com a subcoordenadora de Projetos Sociais da UGPE, Viviane Dutra, a equipe social do Prosamin+ apoiou a Teto Brasil na aplicação de questionários com entrevistas a lideranças das comunidades da Sharp, na zona leste, Manaus 2000 e Morro da Liberdade, zona sul, além da Cachoeira Grande, na zona oeste. “Nosso papel foi facilitar o acesso aos territórios e contribuir com informações locais. Essa parceria foi essencial para ampliar o alcance da pesquisa e incluir a perspectiva amazônica no diagnóstico nacional sobre os impactos da crise climática, além de outras vulnerabilidades sociais”, contou.

Para a diretora de Relações Institucionais e Incidência da Teto Brasil, Camila Jordan, o estudo traz à tona realidades que precisam de maior destaque no debate climático nacional. “Ouvir quem vive diariamente os impactos das mudanças climáticas é fundamental para construir políticas públicas mais justas e eficazes”, ressalta.

Jordan acrescenta, ainda, que a parceria da organização com a equipe da UGPE demonstra que, quando sociedade civil e governo trabalham em conjunto, é possível ir mais longe. “Esperamos, com este exemplo, demonstrar a importância da colaboração para levar justiça climática aos territórios que estão na linha de frente dos impactos, como o programa Prosamin+ já vem fazendo”, completa.

Sobre a organização

A Teto Brasil é uma organização que atua desde 2006, formada por jovens voluntários que implementam iniciativas de moradia e habitat em favelas precárias ao lado dos moradores, fortalecendo as capacidades para desenvolver comunidades autogeridas e, assim, superar a pobreza no país.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui