Tem um ditado popular aqui no Amazonas, que diz assim: “ Não pinota que o povo nota “ e sair bruscamente de: renúncia dupla para “candidatíssimo” ao SENADO na semana seguinte ao fato, é no mínimo um pinote!!!
E aqui Vamos desmontar essa nova “estratégia” à luz de tudo que foi discutido anteriormente.
A Estratégia do Espelho Quebrado
O comunicado tenta, desesperadamente, refutar a tese do desespero e pintar um quadro de força e solidez. Ele é uma reação direta ao constrangimento e à exposição da manobra da “dupla renúncia”.
A nova estratégia é apostar no esquecimento. A pergunta é: o eleitorado vai deixar?
A semana começou com um recado claro da cúpula do governador Wilson Lima: a manobra da “dupla renúncia” foi tão vergonhosa e expôs tanta fraqueza que precisou ser enterrada às pressas. Em seu lugar, surgiu uma fachada. Um comunicado oficial que tenta, a todo custo, vender força onde só existe desespero.
A tese de que Lima consolidou uma “das principais forças políticas” com a federação partidária é a falácia do momento. A realidade nua e crua, atestada por pesquisas internas catastróficas, é que o governador desaparece nas intenções de voto para Senado e até para Deputado Federal. A federação não é um sinal de poder; é o último trem para a sobrevivência de um político que queimou sua imagem.
A Jogada Frustrada: O Plano B que Virou um Fiasco
A estratégia original era um “cerco eleitoral” com três candidaturas de direita ao Senado. Ruiu. A solução desesperada então foi uma renúncia em cadeia: Wilson Lima e seu vice, Tadeu de Souza, sairiam para colocar Roberto Cidade no governo e comandar a máquina na eleição.
O problema? A ideia foi tão mal recebida que gerou pânico no próprio grupo. Era uma fraude à sucessão explícita, um risco jurídico gigante e um acordo frágil demais com o prefeito David Almeida, do AVANTE, que segurava a chave do esquema.
A Nova Estratégia: Trocar a Ação pela Narrativa
Sem coragem para a manobra radical, a equipe de Wilson Lima recuou. A nova tática é puramente de comunicação: trocar a ação pela palavra.
O comunicado oficial tenta transformar colapso em consolidação. O governador que não consegue se eleger é projetado como “nome quase certo”. A capilaridade no interior, citada no texto, é o refúgio de quem perdeu força na capital. A “abertura para alianças” é o grito de quem sabe que está sozinho.
O Jogo Virou Contra Wilson Lima
Enquanto ele tenta se vender como forte, o tabuleiro político se move contra ele:
· A Eleição para o Senado Simplificou: A saída de Wilson do páreo deixa a disputa da direita bipolar entre Capitão Alberto Neto (PL) e Coronel Menezes (Republicanos). Essa divisão é um presente de Natal para a esquerda, que vê Marcelo Ramos (PT) com caminho aberto para uma vaga.
· David Almeida Segura o Poder Real: O prefeito, dono do AVANTE, saiu dessa crise ainda mais forte. Ele mostrou que controla o destino do Palácio Rio Negro. Wilson Lima agora é refém dele.
· A Aposta é no Esquecimento: A nova “estratégia” é esperar que dois anos de máquina pública apaguem a memória do fracasso. É uma aposta ingênua, pois o estrago já foi feito.
Conclusão: A Última Cartada é um Blefe!
Longe de ser uma reviravolta genial, a mudança de rota é a confissão final de um projeto político em frangalhos. Wilson Lima não tem mais um plano B arriscado; ele agora aposta tudo em uma narrativa de força que suas próprias pesquisas desmentem.
A pergunta que fica não é SE essa nova tentativa será fracassada, mas QUANDO a realidade vai derrubar mais essa fachada. O jogo continua, mas o governador já mostrou todas as suas cartas – e elas são ruins.
O eleitorado amazonense merece mais do que um candidato que joga para a plateia. Merece um que jogue para vencer. E até agora, Wilson Lima só está jogando para não perder de goleada.
“ E para quem conhece a teoria da janela quebrada quando ela é utilizada para a estratégia do espelho quebrado na política; fica aqui a dica para os adversários de Wilson Lima, principalmente ao prefeito de Manaus que está com a chave da bagaça! “
O jogo político não dorme; ele se reinventa na beira do abismo. E alguns, como Wilson Lima, já estão escorregando.