
Um erro simples frustrou um dos planos mais audaciosos do Primeiro Comando da Capital (PCC) a nove dias de sua execução, no segundo turno das eleições do ano passado: o sequestro do senador Sergio Moro (União-PR) e de seus familiares em Curitiba.
Relatório de inteligência do Ministério Público de São Paulo (MPSP) revela que, durante cerca de quatro meses, uma célula da facção criminosa permaneceu na capital paranaense com o intuito de viabilizar o crime.
A logística do grupo envolveu o uso de documentos falsos para alugar um apartamento, uma casa e uma chácara. E foi justamente o atraso no aluguel dos imóveis que enterrou o plano criminoso.
De acordo com as investigações do MPSP, já chamava a atenção o fato de que os pagamentos até então eram feitos em dinheiro vivo. Após o atraso, a imobiliária responsável pelo aluguel dos três imóveis em Curitiba se mobilizou e decidiu procurar a pessoa cujo nome era usado pelos criminosos.