O caso das denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos Sílvio Almeida, que veio à tona na quinta-feira (5), ganhou corpo na tarde desta sexta-feira (6) com o depoimento da professora Isabel Rodrigues, candidata a vereadora pelo PSB de Santo André (SP). Ao todo, 14 mulheres teriam denunciado ao ministro à Me Too Brasil, organização que presta apoio a vítimas de violência sexual, fornecendo informações sobre possíveis reparações e ajuda psicológica.
No vídeo, Isabel conta que foi amiga de Sílvio quando ele integrava o Conselho Pedagógico da Escola de Governo e relata um episódio ocorrido em 3 de agosto de 2019. Segundo ela, durante um almoço social onde estavam presentes várias pessoas, ela sofreu uma agressão sexual por parte do ministro. “Sentei do lado dele e, sem motivo algum, ele invadiu minhas partes íntimas sem o meu consentimento”, declarou.
“Pensei muitas vezes em denunciar. Não o fiz por vários motivos, e o motivo maior, foi o medo disso voltar contra mim. Silvio tem o conhecimento da lei e poderia facilmente fazer as coisas mudarem de rumo. O ministro diz não ter materialidade as acusações contra ele”, completou.
O ministro nega as acusações, alegando falta de materialidade para as mesmas. A esposa de Sílvio Almeida, Ednéia Carvalho, defendeu o marido em suas redes sociais e disse que as acusações de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania são “absurdas e injustas”.
