
Rio de Janeiro – Géssika de Souza Anacleto e Nicolas Souto Mesquita foram presos nesta sexta-feira (4) sob suspeita de espancar e matar A.J.S.A., de apenas 2 anos, na Penha, Zona Norte. A mãe e o padrasto levaram a criança ao Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV), alegando que ela havia se engasgado. No entanto, exames revelaram diversos hematomas e hemorragias em órgãos internos.
Segundo investigações da 22ª DP (Penha), a direção do hospital acionou a Polícia Militar por suspeita de maus-tratos, crime pelo qual o casal foi inicialmente detido. Na unidade hospitalar, os policiais tomaram conhecimento dos indícios de espancamento, que não foram mencionados pelos responsáveis. O casal foi então levado à delegacia para prestar depoimento. Géssika admitiu que Nicolas costuma fumar maconha e que havia usado a substância no dia do crime.
Inicialmente, eles alegaram que os ferimentos da criança eram resultado de quedas frequentes e de sua pele ser muito clara.
Contudo, neste sábado (5), o resultado do exame de necropsia da menina, realizado no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro, foi divulgado. O laudo apontou ao menos 72 hematomas espalhados pela cabeça, tronco, pernas e braços. O olho esquerdo apresentava uma pálpebra inferior roxa, e a boca tinha um corte no lado esquerdo.
Um exame interno também indicou a presença de sangue em diversas partes, como tórax, pulmões e traqueia. A causa da morte foi determinada como “hemorragia interna, lesão polivisceral fruto de ação contundente”.
Diante dos resultados, a Polícia Civil concluiu que a mãe e o padrasto mataram a criança “com emprego de tortura”, sem dar chance de defesa à vítima “que estava sob sua guarda e autoridade”. Por isso, eles foram autuados em flagrante por homicídio qualificado.