Pesquisa divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que um a cada sete adolescentes, ou seja, 14,6%, já sofreu algum tipo de violência sexual, desde assédio a estupro. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE).
O Repórter MT conversou com o delegado titular da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), Clayton Queiroz Moura, que disse que a incidência de crimes de abuso sexual e estupro contra adolescente em Cuiabá é grande.
“Na maioria dos casos, a criança tem entre 8 e 12 anos”, relatou. Ainda segundo ele, grande parte dos crimes são cometidos por abusadores que sempre têm contato com a criança, ou seja, do seio familiar. “Esmagadora maioria”, disse.
“Maioria dos abusadores são padrastos e ‘vôdrastos’ (namorados ou maridos das avós, sem laço biológico). Esse número corresponde a mais de 50% dos casos”, salientou.
Para tentar diminuir esse tipo de caso, são realizadas palestras em escolas de todo o Estado e quase sempre adolescente denunciam que são vítimas de algum tipo de abuso.
O delegado afirma que a maioria das pessoas não sabem o que se caracteriza como abuso sexual. “Quando se faz a palestra nas escolas e mostra situações que podem ser abusos, as crianças falam ‘olha, eu também sofro isso’”.
“Qualquer tipo de ato com adolescente que possua até 13 anos é considerado estupro. Não existe importunação para essa faixa. Passar a mão na bunda, peitos, nas partes íntimas, acariciar o corpo. Mesmo sem ter conjunção carnal, abaixo dessa faixa etária, é considerado estupro”, explica.
“Acima dessa idade entra como importunação sexual, que também é crime e deve ser denunciado”. (Repórtermt)





