Três pessoas foram detidas na noite deste sábado (4) em Monte Alto (SP) por suspeitas de participação em um esquema ilegal de venda de sangue de gatos. De acordo com o boletim de ocorrência, a coleta era feita em condições precárias e sem a presença de um médico veterinário, em uma residência na Rua Marciano de Vasconcelos Nogueira.
No local, ao menos seis animais estavam desacordados, mas foram resgatados e receberam atendimento médico adequado. O esquema foi descoberto depois que a Guarda Municipal recebeu uma denúncia sobre a oferta de R$ 50 a tutores de gatos em troca da coleta de sangue dos animais.
Durante a abordagem, cinco pessoas foram encontradas no local, algumas manuseando equipamentos veterinários para realizar os procedimentos nos animais desacordados. Os guardas municipais apreenderam os equipamentos e frascos de sangue, levando as cinco pessoas para a delegacia. Os suspeitos foram identificados como Cleiton Fernando Torres, Sandra Regina de Oliveira, Angela Aparecida Alves Ribeiro, Everton Leite Silva e José Luiz de Lima.
Na delegacia, todos prestaram depoimento, sendo que apenas Cleiton, Sandra e Angela permaneceram detidos e foram encaminhados à Cadeia Pública de Pradópolis (SP). Por outro lado, Everton e José foram liberados.
A prefeitura acionou uma equipe de veterinários para resgatar os gatos, que receberam os cuidados necessários. O caso foi registrado como abuso de animais na Delegacia de Jaboticabal (SP) e está em fase de investigação pela Polícia Civil, com apoio da perícia.
Segundo o boletim de ocorrência, Angela afirmou ser a proprietária da residência onde ocorriam os procedimentos e dos gatos envolvidos. Ela alegou que permitiu a coleta de sangue dos animais, acreditando estar ajudando outros gatos necessitados de transfusão, sem receber compensação financeira alguma.
Os suspeitos Jose, Everton e Cleiton mencionaram trabalhar como freelancers para uma clínica veterinária em São José do Rio Preto (SP), fornecendo sangue de gatos. Cleiton, estudante de veterinária, teria coordenado os procedimentos, recebendo R$ 300, enquanto Everton e Jose atuavam como auxiliares, ganhando R$ 100 cada.