Prefeitura de Manaus dá início ao programa ‘Escola de Transporte Inclusivo’ com foco em atendimento humanizado no transporte urbano

Fotos - Clóvis Miranda / Semcom

A Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), deu início, nesta quarta-feira, 3/12, à “Escola de Transporte Inclusivo”, um programa de capacitação voltado para motoristas, cobradores e operadores do transporte coletivo. A abertura aconteceu no auditório da escola Senai Antônio Simões, na avenida Rodrigo Otávio, zona Sul da cidade, e foi conduzida pelo diretor-presidente do IMMU, Arnaldo Flores, com a presença da vice-presidente de Transporte, Viviane Cabral, que coordena a implantação pedagógica do projeto.

O lançamento do programa marca uma mudança de postura dentro do sistema de ônibus, colocando no centro do processo formativo a empatia, a inclusão e o respeito à dignidade dos passageiros, e surge como resposta às ocorrências registradas envolvendo falhas no atendimento a idosos, Pessoas com Deficiência (PcDs), autistas e cidadãos com mobilidade reduzida. O programa foi estruturado para transformar o atendimento por meio do desenvolvimento comportamental e da vivência real das dificuldades enfrentadas pelos usuários.

Durante a abertura, o diretor-presidente do IMMU, Arnaldo Flores, destacou que a humanização é uma necessidade para qualificar o transporte público.

“Este programa tem como objetivo qualificar os cobradores e motoristas do sistema de transporte convencional e complementar, visando aprimorar o atendimento aos usuários do transporte público em Manaus. O treinamento, cujo lançamento ocorre hoje, será implementado em 2026. Mensalmente, visitaremos as garagens das sete empresas, com foco em capacitar milhares de motoristas e cobradores. O programa será desenvolvido ao longo de todo o ano de 2026”, afirmou o diretor-presidente do IMMU.

A formação inclui disciplinas teóricas com três horas de duração cada, abordando temas como o usuário no transporte coletivo, tratamento ao usuário especial, necessidades humanas e vivência baseada na empatia. Já a etapa prática será realizada dentro das garagens das empresas, onde os operadores irão vivenciar o que enfrenta um idoso ao subir no ônibus, uma pessoa com deficiência visual ao se orientar, ou como estímulos sonoros e de movimento impactam um passageiro autista. A proposta é fazer com que o profissional reconheça, na prática, a importância do cuidado no embarque, no desembarque e na condução.

A vice-presidente de Transporte, Viviane Cabral, reforçou que a humanização é o eixo central do projeto. “O transporte não é apenas deslocamento. É vida acontecendo todos os dias. Quando um motorista entende que um idoso precisa de tempo, que uma pessoa com deficiência precisa de apoio, que uma mãe com seu filho autista precisa de acolhimento, todo o sistema evolui. É essa mudança que estamos promovendo aqui”, disse.

O diretor-presidente da Fundação de Apoio ao Idoso Dr. Thomas (FDT), Eduardo Lucas, falou sobre a importância da iniciativa do IMMU. “A medida trará benefícios aos idosos, que já possuem gratuidade no transporte público e, agora, contarão com melhor atendimento. Estes usuários frequentemente necessitam de assistência ao embarcar e desembarcar dos veículos, além de orientação. Trata-se, sem dúvida, de uma excelente notícia para a população idosa”, frisou.

Com o início do “Escola de Transporte Inclusivo”, o IMMU reafirma o compromisso de construir um transporte coletivo mais humano, inclusivo e alinhado às necessidades reais da população, promovendo profissionais mais preparados e um atendimento mais respeitoso em toda a cidade de Manaus.

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