Agosto dourado: médico especialista tira as principais dúvidas sobre a amamentação

Quem tem silicone pode amamentar? O que fazer quando o leite ‘empedrar’?

“Agosto Dourado” é o mês dedicado a compartilhar a importância do ato da amamentação que significa mais do que nutrição para o bebê, o gesto cria vínculo entre as mães e os pequenos. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), por ano, cerca de seis milhões de vidas são salvas por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade.

A cor dourada simboliza a luta pelo incentivo à amamentação e está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno, que é a melhor fonte de nutrição para bebês e a forma de proteção mais econômica e eficiente para diminuir as taxas de mortalidade infantil, sendo capaz de reduzir em até 13% os índices de mortes de crianças menores de cinco anos.

Maitson Fredson, médico neonatologista do Sistema Hapvida, explica em qual momento a mãe deve oferecer o peito ao bebê e quantas vezes um bebê mama por dia. “Preferencialmente deve ser oferecida imediatamente após o nascimento, essa primeira hora é chamada de Golden Hour, hora dourada, pois nela mãe e bebê encontram-se em total disposição para estabelecer contato e um profundo vínculo afetivo. Mamar nessa primeira hora favorece para que se tenha um aleitamento mais efetivo e duradouro. Após esse momento a mama deve ser oferecida sempre que o recém-nascido solicitar, a esse modelo chamamos livre demanda. O tempo de cada mamada é variável e não deve ser utilizado como indicativo de mama efetiva”.

O médico ainda aproveita para desmistificar assuntos pertinentes que ainda pairam no universo feminino, por exemplo, mamães que usam próteses de silicone, podem amamentar? “A prótese de silicone não interfere no aleitamento materno e nem na produção e disponibilização do leite materno. A prótese é colocada entre o músculo peitoral e a mama, deixando íntegro o sistema de glândulas e ductos mamários. Já nas intervenções cirúrgicas que cursam com retirada de tecido mamário como as reduções e exérese de tumores, os ductos mamários são lesionados e nesse caso pode haver menor oferta de leite ao bebê”, destaca.

E sobre aquelas mamães de primeira viagem, que ainda não se acostumaram com a amamentação, o médico aproveita para falar sobre questões frequentes relatadas por elas como dores, empedramento do leite, e pega (forma correta de dar peito ao bebê). “Não é normal que o ato de amamentar produza dores intensas e nem lesões nas mamas, mas essa é uma queixa muito comum nos casos em que o bebê tem uma pega inadequada. A pega correta é areolar e não mamilar, assim o bebê deve abocanhar grande parte da aréola e não apenas o mamilo. Já a estase láctea, a mama empedrada, pode ocorrer quando temos um esvaziamento incompleto da mama e nesses casos o desmame é recomendado”, finaliza.

Sobre o Sistema Hapvida

Com mais de 7,1 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como um dos maiores sistemas de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco, RN Saúde, Medical, Grupo São José Saúde, Grupo Promed, além da operadora Hapvida e da Healthtech Maida. Atua com mais de 37 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 47 hospitais, 201 clínicas médicas, 45 prontos atendimentos, 173 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.

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