Amigdalite: conheça mais sobre cada tipo

Localizadas na garganta, as amígdalas são glândulas que defendem nosso organismo de infecções. Quando há infecção dessas glândulas, ocorre a amigdalite, com o aparecimento de alguns sintomas, como inflamação e dor.

O diagnóstico da amigdalite bacteriana é feito pelo médico com base nos sintomas e na observação da garganta, mas também pode ser pedido um exame microbiológico para identificar a espécie de bactéria que está causando a amigdalite e, assim, ser possível indicar o melhor antibiótico, que é o tipo de tratamento mais utilizado.

A infectologista do Sistema Hapvida, Ana Rachel Seni, explica sobre como ocorre cada tipo de amigdalite. “A amigdalite nada mais é que a inflamação das amígdalas, e podem dar sintomas como dor de garganta, mau hálito, dificuldade para engolir e alteração na voz. Além de sintomas gerais como dor no corpo, dor de cabeça, febre e prostração. Essas dores podem ser agudas, geralmente pontuais, que duram até sete dias, ou também podem ser crônicas, com dores repetidas como dor de garganta constante de até sete episódios no ano”.

A médica ainda faz o alerta sobre outros tipos da doença que necessitam de um tratamento diferenciado. “Em relação aos agentes, eles podem ser virais, sendo as mais comuns. Os vírus envolvidos são adenovírus, influenza, parainfluenza, coronavírus, e não necessitam de antibióticos para o seu tratamento, apenas analgésicos, ou anti-inflamatórios. As amigdalites são causadas também por bactérias, chamadas staphylococcus, e se caracterizam pela presença de pus nas amígdalas, essas sim necessitam de tratamentos com antibióticos. E ainda temos as fúngicas, causadas por fungos, elas são muitas raras, geralmente ocorrida em pacientes imunodeprimidos”.

A amigdalite bacteriana pode acontecer em qualquer idade, mas é mais frequente em crianças. Além disso, é mais fácil de acontecer em pessoas que possuem o sistema imunológico comprometido, já que se trata de uma infecção oportunista. Ela normalmente é transmitida quando se inspira gotículas, de tosse ou espirro, infectadas com bactérias que acabam se alojando nas amígdalas, se desenvolvem e causam a infecção.

No entanto, também se pode pegar amigdalite quando se toca em um objeto contaminado, como a maçaneta de uma porta, por exemplo, e depois se mexe no nariz ou na boca, sem lavar as mãos antes. É por este motivo que as amigdalites são mais comuns em crianças, já que têm maiores chances de colocar as mãos sujas na boca, por exemplo.

O tratamento da amigdalite bacteriana é quase sempre feito com o uso de um antibiótico de amplo espectro, como a amoxicilina, que permite eliminar o excesso de bactérias. Esse antibiótico pode ser indicado pelo médico apenas com a avaliação e observação dos sinais e sintomas e, normalmente, existe uma melhora do quadro em até três a 5 dias após o início do tratamento.

Porém, se os sintomas não melhorarem, ou se existir piora, o médico pode pedir um exame microbiológico para entender qual o tipo de bactéria que está nas amígdalas, adequando o tratamento para usar o antibiótico mais específico indicado para o tipo de bactéria identificado. Em casos mais crônicos, quando a amigdalite bacteriana persiste por mais de três meses ou é recorrente, pode acontecer a remoção das amígdalas.

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