No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros, todo ano. Isso equivale a 931 por dia ou a seis prematuros a cada 10 minutos. Mais de 12% destes nascimentos acontecem antes da gestação completar 37 semanas, o dobro do índice em relação aos países europeus.
Os problemas com a prematuridade vão muito além do baixo peso, um prematuro precisa de cuidados especiais na UTI, por exemplo.
Comemorado todo dia 17 de novembro, o Dia Mundial da Prematuridade foi criado para sensibilizar a população para um problema de saúde pública, a prematuridade, e assim, inspirar todos a refletirem nas estratégias para a sua prevenção e para melhorar a assistência neonatal a esses ‘pequenos’ pacientes.
O médico neonatologista do Sistema Hapvida, Maiton Fredson, explica como funciona o organismo de um bebe prematuro e quais as causas da prematuridade:
“O parto prematuro é aquele que ocorre com menos de 37 semanas de idade gestacional. As causas para que isso ocorra são múltiplas. Algumas estão relacionadas a eventos da própria gestação como infecções urinárias ou qualquer outra infecção que a gestante possa apresentar. Aumento da pressão arterial, diabetes ou alguma outra doença da gestante, seja essa própria da gestação ou anterior a ela, podem provocar sofrimento desse feto ou até mesmo limitação do crescimento, obrigando a interrupção da gestação de modo prematuro a fim de aumentar as chances de sobrevivência do bebê. Situações especiais como a gemelaridade ou mulheres que apresentaram partos prematuros anteriores têm maior risco de não evoluírem além das 37 semanas de gestação. Outros motivos, são aqueles relacionados ao próprio útero materno. Miomas, malformações uterinas, insuficiência do colo do útero, entre outros são causas comuns de parto prematuro. Vale salientar que apesar de diversas, a maioria delas podem ser evitadas com um acompanhamento pré-natal adequado”.
O médico ainda explica algumas dúvidas que muitas pessoas têm em relação a prematuridade, por exemplo, por que todo bebe que nasce prematuro precisa ficar na incubadora?
“Os bebês prematuros são muito diferentes entre eles a ponto de podermos classificá-los em distintos grupos. Os recém-nascidos prematuros que necessitam de mais atenção são os menores de 34 semanas, em especial os menores de 29 semanas. Estamos falando de bebês que ainda não tem seus órgãos bem desenvolvidos e em especial o pulmão, limitando muito sua condição de sobreviver fora do útero. Nesse caso, precisarão ficar em incubadoras e sob cuidados intensivos de profissionais especializados. No caso dos bebês que nascem com idades gestacionais entre 34 e 37 semanas, poderão ou não precisar de assistência e para eles a avaliação individualizada irá indicar qual a melhor forma de conduzi-los”.
E após o processo de acompanhamento médico no hospital? Como continuar com os cuidados com o bebe quando ele recebe alta e vai para casa? O neonatologista também destaca que é preciso continuar com os cuidados redobrados.
“Antes do bebê prematuro sair do hospital é necessário que os pais sejam bastante instruídos sobre os cuidados ao seu filho assim como preparar a casa para recebê-lo. Um bebê prematuro precisa tomar seus medicamentos e vitaminas corretamente, ter um acompanhamento de rotina com um pediatra capacitado nas doenças mais comuns relacionadas a sua condição, devem manter o calendário de vacinas sempre atualizado e o contato restrito aos seus cuidadores. Recomenda-se também que esses cuidadores sejam vacinados a fim de não transmitirem doenças evitáveis para esses bebês de saúde tão delicada. É frequente o número de reinternação desses bebês durante o primeiro ano de vida, por isso todo cuidado é necessário”.
Sobre o Sistema Hapvida
Com mais de 7,1 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como um dos maiores sistemas de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do RN Saúde, Medical, Grupo São José Saúde, Grupo Promed, Premium Saúde, além da operadora Hapvida e da healthtech Maida. Atua com mais de 37 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 47 hospitais, 199 clínicas médicas, 47 prontos atendimentos, 172 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.